Comprar ou vender?

CBA (CBAV3): BTG vê valorização significativa à frente, mas é preciso paciência; hora de comprar?

26 ago 2025, 14:42 - atualizado em 26 ago 2025, 14:42
cba-cbav3-safra-aluminio
O BTG Pactual tem recomendação de compra para a CBA (Imagem: CBA/Divulgação)

O BTG Pactual vê na CBA (CBAV3) um caso para os acionistas que são mais tolerantes a riscos e que não estão focados no curto prazo. O banco reconhece que a confiança na companhia sofreu um abalo, mas vê potencial de valorização significativa à frente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi destacam que as ações CBAV3 atingiram mínimas históricas após uma grande decepção com os números do segundo trimestre deste ano. Na avaliação deles, houve um problema de comunicação e expectativas, uma vez que as estimativas do mercado eram mais altas e os contratempos operacionais da refinaria de alumina surpreenderam negativamente.

No 2T25, CBA registrou prejuízo de R$ 89 milhões, uma reversão do lucro de R$ 193 milhões registrado no mesmo período em 2024. Já o Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede o desempenho operacional, ficou em R$ 189 milhões no segundo trimestre deste ano, uma queda de 44% ante os R$ 339 milhões no 2T24.

A receita líquida recuou 3% no período, atingindo R$ 2 bilhões. O volume de vendas de alumínio por quilotonelada caiu 8% na comparação anual.

“No geral, a nova derrapagem operacional prejudicou a confiança no caso, mas agora vemos o balanço em uma base muito mais sólida do que antes. Apontamos que não há vencimentos relevantes no médio prazo, a empresa é líquida, e os recentes problemas operacionais foram adequadamente abordados pela gestão”, diz o BTG.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com os resultados previstos para se normalizarem gradualmente em 2026, o banco vê a alavancagem atingindo o pico de apenas 3,3 vezes a relação dívida líquida/Ebitida, o que, segundo os analistas, está longe de ser alarmante.

“Portanto, sentimos que a recente capitulação pode ter ido longe demais, e se estivermos certos em nossas previsões de Ebitda, vemos uma valorização relevante a partir daqui para investidores mais corajosos e tolerantes a riscos”.

A recomendação do BTG para CBA é de compra, com preço-alvo reduzido de R$ 7 para R$ 6.



Alavancagem do CBA não é o problema, avalia BTG

Ainda que a alavancagem da CBA deva passar por uma deterioração, o BTG não vê isso como um problema grave. O banco estima que a companhia provavelmente queimará algum caixa em 2025, o que, combinado com um Ebitda menor, deve levar a alavancagem de volta para a faixa de 3-3,5 vezes até o final do ano. A expectativa é de que essa tendência que se reverta em 2026.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora esses níveis não sejam ideais, estão longe de ser preocupantes, especialmente quando comparados com a alavancagem de 7-10 vezes atingida em 2023, na visão do banco. Importante lembrar que quanto maior for o indicador, maior o risco financeiro.

“Mais importante, a CBA não enfrenta pressão de covenants (cláusulas contratuais de dívida), e seu cronograma de amortização da dívida parece confortável, com apenas R$ 286 milhões vencendo até o final de 2027 contra uma posição de caixa de R$ 673 milhões”, pondera o BTG.

Em um ambiente normalizado, os analistas acreditam que a ação poderia facilmente dobrar a partir dos níveis atuais. No entanto, os resultados fracos recentes podem limitar o interesse dos investidores no curto prazo, e a crise de confiança em andamento também pesa sobre a ação.

“Pelo lado positivo, a alavancagem não parece ser uma preocupação (como era em 2023), o que apoia a tese de investimento. No geral, continuamos a ver a CBA como subvalorizada, especialmente após a recente desvalorização, e, se os resultados se concretizarem, poderíamos ver uma valorização significativa à frente”, diz o banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar