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Cemig (CMIG4) chega a cair quase 5% após 3T25: “Resultado difícil”, dizem analistas 

14 nov 2025, 12:32 - atualizado em 14 nov 2025, 12:32
Cemig
(Imagem: Guilherme Dardanhan/ALMG)

As ações da Cemig (CMIG4) caem nesta sexta-feira (14) após a companhia ter divulgado, na noite de ontem, seu balanço do terceiro trimestre de 2025 (3T25). Na visão dos analistas, o período que vai de julho a setembro não foi positivo.  

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Às 12h10, as ações caíam 2,61%, a R$ 11,56. Na mínima do dia, a baixa foi de 4,89%, a R$ 11,25. 

“Foi um resultado difícil. A Cemig apresentou um conjunto fraco de números. O Ebitda ajustado, de R$ 1,5 bilhão, ficou 15% abaixo da nossa estimativa”, diz o time do BTG Pactual, liderado por Antonio Junqueira, em relatório.  

Para a equipe do Safra, chefiada por Carolina Carneiro, o Ebitda da estatal mineira ficou 11% abaixo das projeções. Entre os motivos, o time da instituição cita as mesmas explicações: custos de compra de energia mais caros e volumes fracos na distribuidora e na unidade de gás.  

No segmento de compra de energia elétrica, o que explica o resultado da Cemig é o fato de ela vender mais energia do que produz. A companhia precisa, então, comprar parte da energia do mercado.  

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A Cemig viu os custos com compras de energia aumentarem 13% no ano, para R$ 5,1 bilhões — alta explicada, principalmente, pela menor disponibilidade de água nos reservatórios. 

“Todos os segmentos trouxeram números abaixo do esperado, com preços mais altos (em uma empresa que é short em energia), temperaturas mais baixas e custos maiores explicando o desempenho negativo”, afirma o BTG. 

Confira os números anotados pela Cemig contra as expectativas do BTG: 

(i) Distribuição: R$ 716 milhões vs. R$ 840 milhões esperados;
(ii) Geração + Trading: R$ 366 milhões vs. R$ 514 milhões esperados;
(iii) Transmissão (Regulatório): R$ 252 milhões vs. R$ 265 milhões esperados;
(iv) Gás: R$ 208 milhões vs. R$ 232 milhões esperados. 

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Do outro lado, a companhia também viu seus volumes caírem da distribuidora (recuo de 4,4%) e no segmento de gás (queda de 5,6%). 

Nas duas frentes, a Cemig atribui a queda principalmente devido à redução do consumo nas classes industrial, rural, comercial e de serviços públicos. O movimento reflete a forte migração de clientes para a geração distribuída — sobretudo sistemas solares — e para o mercado livre (rede básica), diminuindo a energia efetivamente demandada da distribuidora. 

“Os resultados ajustados foram apagados e vieram piores que o esperado, negativamente impactados por volumes menores nas unidades de distribuição e gás, além de números pouco inspiradores na geradora e na área de comercialização”, afirma o Safra. 

Pela atual dinâmica, tanto o BTG quanto o Safra têm recomendações neutras para a estatal mineira. O primeiro tem preço-alvo em R$ 17,70 e o segundo, em R$ 13,20.  

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Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
vitor.azevedo@moneytimes.com.br
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