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Vale a pena apostar nas ações da Mosaico?

17 mar 2021, 15:42 - atualizado em 17 mar 2021, 17:12
Mosaico estreia na B3
Mesmo após disparar em sua estreia na B3, a ação da dona dos sites Zoom, Buscapé e Bondfaro tem potencial para mais valorização (Imagem: Divulgação/ B3)

A XP Investimentos iniciou a cobertura das ações da Mosaico (MOSI3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 38 para o fim de 2021. Na opinião da corretora, a companhia está muito bem posicionada para se consolidar como a principal assistente de compras dos consumidores, mesmo em um cenário de maior competição no e-commerce.

“Esperamos que o e-commerce brasileiro permaneça fragmentado, com poucos players detendo a maior parte do mercado, o que é positivo para a proposta de valor da Mosaico aos consumidores (já que a plataforma oferece comparação de preços entre os principais varejistas) e também para seus clientes (uma vez que ela gera tráfego em seus marketplaces)”, explicaram os analistas Daniella Eiger, Marco Nardini e Thiago Suedt.

Com a expectativa de um ambiente competitivo difícil em 2021, a XP acredita que a dinâmica de curto prazo será ainda mais favorável para a Mosaico.

Muito crescimento e valor pela frente

A XP defendeu que a Mosaico ainda tem muito crescimento e valor para entregar. Mesmo após disparar em sua estreia na B3 (B3SA3), a ação da dona dos sites Zoom, Buscapé e Bondfaro tem potencial para mais valorização.

A confiança dos analistas pode ser explicada pela proposta de valor da empresa, que beneficia clientes e usuários. O modelo de negócios da Mosaico não só ajuda o consumidor a tomar a melhor decisão de compra, como também melhora a qualidade do tráfego para os marketplaces.

A Mosaico ainda conta com marcas fortes que totalizaram entre outubro de 2019 e setembro de 2020 quase 1 bilhão de visitas.

Buscapé, Mosaico
A Mosaico conta com marcas fortes que totalizaram entre outubro de 2019 e setembro de 2020 quase 1 bilhão de visitas (Imagem: Facebook/Buscapé)

Eiger, Nardini e Suedt estimam um crescimento anual médio de vendas de 48,5% entre 2020 e 2023. A projeção não incorpora qualquer aumento que possa vir da implementação de conteúdo no site do Buscapé ou do início da oferta de cashback, que ganhará tração a partir da parceria com o BTG Pactual (BPAC11).

A Mosaico também está de olho em oportunidades de M&As (fusões e aquisições) que possam agregar sua proposta de valor. Segundo a XP, os principais alvos da companhia podem ser as plataformas de conteúdo que são submonetizadas e/ou possuem conteúdo a ser adquirido, as plataformas de comércio social-digital, como influenciadores, comércio ao vivo ou comércio social, e as empresas de cashback e cupons.

Além disso, a companhia gera lucro e caixa. Soma-se a isso o fato de que a ação é negociada em níveis atraentes (múltiplo EV/Vendas [valor da empresa sobre vendas] em 2021 de 8,3 vezes versus 15 vezes Méliuz [CASH3] e 12 vezes a média dos pares internacionais).

Riscos

A XP listou alguns riscos para a tese de investimento da Mosaico, dentre eles a baixa demanda de produtos das categorias de linha branca e eletrônicos no curto prazo e a concentração de receita em poucos clientes (os quatro principais clientes representaram 73,4% das vendas totais nos primeiros nove meses de 2020).

A companhia também tem como principais concorrentes o Google e o Facebook, gigantes do setor de tecnologia. Porém, embora essas empresas representem uma ameaça, a corretora acredita que existe uma oportunidade para a Mosaico no mercado, visto que as varejistas estão em busca de diversificação.

Conheça mais sobre a Mosaico

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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