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Cenário global gera incerteza sobre meta da Petrobras para dívida, diz CEO à CNN

16 mar 2020, 10:14 - atualizado em 16 mar 2020, 10:14
PETR4 Petrobras
A Petrobras ainda tem uma dívida que é superior a duas vezes sua geração de caixa, explica Castello Branco (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

A guerra de preços entre sauditas e russos no mercado de petróleo e a desaceleração da economia global devido ao coronavírus geram incertezas sobre o atingimento pela Petrobras (PETR3; PETR4) de suas metas para redução do endividamento em 2020, afirmou o presidente da estatal à CNN Brasil.

A empresa tinha como meta atingir a alavancagem medida pelo indicador dívida líquida sobre EBITDA de 1,5 vez até o fim deste ano.

“A Petrobras ainda tem uma dívida que é superior a duas vezes sua geração de caixa. Normalmente, uma companhia produtora de commodite, fica confortável com indicadores abaixo de duas vezes (a geração de caixa). Nós pretendíamos fazer isso (reduzir a dívida) esse ano… Vamos ver se isso é viável ou não. É um ponto de interrogação agora, que não existia antes”, disse o CEO, Roberto Castello Branco, ao programa CNN Líderes.

Veja aqui a entrevista completa:

“Nossos resultados econômicos serão afetados, isso é claro. Como uma companhia de petróleo, ela tem sua lucratividade afetada pelos preços do petróleo”, acrescentou o executivo, segundo publicação no site da emissora.

O presidente da Petrobras, no entanto, destacou que a empresa tem feito o dever de casa no aspecto financeiro, com situação mais confortável que há cinco anos, mas destacou ver a dívida como ainda elevada.

Ele ainda afirmou que o cenário global não tem impactado planos de desinvestimentos da companhia, como a venda de refinarias. “Nós não recebemos nenhum sinal de desistência, falta de entusiasmo, dos interessados na compra das refinarias. Pelo contrário: temos potenciais compradores visitando as refinarias”, disse Castello, segundo a emissora.

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