CEO da Nomura estuda maneiras de aperfeiçoar trabalho remoto

O CEO da Nomura Holdings entrou no debate sobre a eficácia de trabalhar em casa, quando estuda modelos para a força de trabalho na era da pandemia.
“Existem áreas que conseguiram se manter produtivas e outras que ficaram um pouco aquém”, disse o diretor-presidente da Nomura, Kentaro Okuda, no fórum do setor financeiro Nikkei na terça-feira. “Estamos fazendo uma revisão para descobrir o porquê e como podemos melhorar a situação.”
Líderes financeiros globais avaliam as vantagens relativas do trabalho remoto, incluindo como a prática poderia ser mantida após o fim da pandemia. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, e Larry Fink, diretor-presidente da BlackRock, alertaram sobre as desvantagens do trabalho remoto, enquanto outros, como Christian Sewing, que comanda o Deutsche Bank, veem potencial para cortar custos com a redução do espaço de escritórios.
Okuda, de 56 anos, disse que cerca de 90% dos funcionários da Nomura nas Américas e 80% na Europa agora trabalham em casa. A maior corretora do Japão planejava o retorno de funcionários aos escritórios na Europa, mas a recente onda de casos de coronavírus dificultou os planos, disse.
No entanto, o banco vai intensificar esforços para trabalhar com clientes por meio de canais que não sejam reuniões presenciais, disse Okuda. A Nomura também tem tomado medidas para aumentar a produtividade da equipe, como o investimento em tecnologia e acordos de trabalho flexíveis.
No Japão, onde o número de casos de coronavírus caiu, cerca de 70% a 80% dos funcionários da sede em Tóquio trabalhavam em casa durante o pico da crise, disse Okuda.
A Nomura avalia reduzir o espaço de sua sede em Tóquio e avaliar suas unidades no exterior após o surto, afirmou Okuda em entrevista em junho. Os funcionários provavelmente continuarão a trabalhar em casa em vários graus na era de distanciamento social, disse o executivo na época.