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CEO é banido do Twitter por insistir em vitória de Trump

26 jan 2021, 18:20 - atualizado em 26 jan 2021, 18:20
Michael Lindell
A plataforma decidiu suspender Mike Lindell, CEO da My Pillow, permanentemente após o executivo infringir diversas vezes a política de integridade cívica, afirmou um porta-voz (Imagem: Instagram/michaeljlindell)

O Twitter baniu Mike Lindell, CEO da empresa de roupas de cama My Pillow, que causou controvérsia ao postar repetidamente que Donald Trump foi o verdadeiro vencedor da eleição presidencial nos EUA.

A plataforma decidiu suspender Lindell permanentemente após o executivo infringir diversas vezes a política de integridade cívica, afirmou um porta-voz. O Twitter invocou essa política anteriormente para combater a circulação de informações falsas sobre a votação, incluindo a suspensão do próprio Trump e de mais de 70.000 contas dedicadas ao compartilhamento de teorias da conspiração, principalmente do movimento QAnon. O porta-voz não deu mais detalhes sobre a decisão.

Os pedidos de boicote dos produtos My Pillow nas redes sociais aumentaram depois que Lindell, defensor de Trump de longa data, continuou insistindo que a eleição foi fraudada, mesmo após a invasão do Capitólio ter resultado em várias mortes. Bed Bath & Beyond, Kohl’s, HEB Grocery e Wayfair estão entre as empresas que estão abandonando os produtos da marca, informou Lindell.

“Eu não vou recuar quanto a essas máquinas que roubaram nossa eleição”, afirmou o executivo em entrevista recente à Business Insider, se referindo a acusações de fraude nas máquinas de votação. “Nunca vou mudar minha opinião sobre isso. Não vou implorar para não me boicotarem.”

Os tribunais derrubaram várias vezes as iniciativas jurídicas de Trump para tentar anular os resultados da eleição e não foi apresentada nenhuma evidência de fraude generalizada. Isso não impediu o ex-presidente e seus apoiadores de usar as alegações para angariar apoio e arrecadar recursos.

A decisão da Bed Bath & Beyond vai na esteira da movimentação de outras varejistas nos últimos anos, que deixaram de vender produtos afiliados a Trump à medida que as polêmicas em torno do então presidente se agravaram. A manifestação no Capitólio em defesa de Trump levou grandes varejistas, incluindo Walmart, Amazon.com e Best Buy, a cessar contribuições a parlamentares republicanos que votaram contra a certificação da vitória eleitoral do presidente Joe Biden.

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