CFO do Banco do Brasil (BBAS3) manda recado para dividendos e não descarta ‘agrado’; entenda

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou resultados que além de abaixo do esperado, também trouxe más notícias para os investidores que investem na ação pensando em dividendos.
Além de ter cortado o payout (fatia paga aos acionistas) de 40% para 30%, o banco também não anunciou novos pagamentos.
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Apesar disso, o BB está confiante de que poderá retomar alguma normalidade em 2026. E isso poderia significar até um dividendo extraordinário para o ano que vem, a depender do cenário e a exemplo do que o Itaú (ITUB4) já faz.
Mesmo assim, a ideia é que o banco foque em normalizar sua operação, com inadimplência mais controlada e uma carteira mais limpa.
Ou seja, o CFO do Banco do Brasil, Geovanne Tobias, descarta dividendos extraordinários para este ano.
“2025 é o ano para fazer o freio de arrumação para nos prepararmos para 2026”, destaca.
Para isso, a ideia é que o banco seja mais seletivo na carteira agro e amplie o segmento de pessoas físicas, “que é onde a gente tem e consegue trazer um pouco mais de rentabilidade”.
Efeito manada em Banco do Brasil
O CFO cita ainda o efeito manada. No ano, o Banco do Brasil desaba 30% em meio aos resultados ruins.
“Há muitos investidores que começam ali nas mídias sociais e relatórios e é aquele velho fenômeno manada, eles entram na alta e vendem na baixa”, afirma.
Ainda segundo ele, se olhar a correção que aconteceu do papel, hoje o Banco do Brasil está sendo negociado perto de 60% do valor patrimonial dele, do valor de dívida dele.
“É de se esperar que caia refletindo essa queda no lucro, por conta de todos esses ajustes que a gente está fazendo”, diz.
Na sua visão, o preço do BB é conjuntural, refletindo um aumento do curto prazo que não significa necessariamente a sustentabilidade de resultado que o Banco do Brasil é capaz de gerar.
“Isso abre, sim, uma oportunidade enorme para quem acredita no Banco do Brasil, acredita no nosso propósito e conhece essa empresa. É uma empresa que tem mais de 200 anos de história e que sempre foi tida como uma boa pagadora de dividendos”.
“Esse ciclo vai passar e o Banco do Brasil vai retornar ao patamar de rentabilidade que ele estava. Então, é um excelente momento de entrada, mesmo considerando um yield que também não é um yield ruim”.
Tobias recorda que se comparar o yield do Banco do Brasil com o de outras empresas, vai estar pagando 6% de yield, para uma ação que hoje está sendo negociada 60% do valor patrimonial.
“Ou seja, é como se você falasse que o Banco vale menos do que o que está no livro dela, no balanço. Agora, se você quer efetivamente curto prazo, cuidado, eu acho que o investidor tem que se informar. A gente deu o quarto maior lucro da história do Banco do Brasil”.