Coronavírus

China deve fornecer dados brutos sobre as origens da pandemia, diz diretor-geral da OMS

15 jul 2021, 11:12 - atualizado em 15 jul 2021, 11:46
“Pedimos à China que seja transparente e aberta, e que coopere”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que as investigações sobre as origens da pandemia de Covid-19 na China estão sendo prejudicadas pela falta de dados brutos sobre os primeiros dias da disseminação do vírus no local e pediu ao país para ser mais transparente.

Uma equipe liderada pela OMS passou quatro semanas na cidade de Wuhan e região com pesquisadores chineses e disse em um relatório conjunto em março que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal.

Essa equipe disse que “a introdução por meio de um incidente de laboratório foi considerada um caminho extremamente improvável”, mas países como os Estados Unidos e alguns cientistas não ficaram satisfeitos.

“Pedimos à China que seja transparente e aberta, e que coopere”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

“Devemos isso aos milhões que sofreram e aos milhões que morreram para saber o que aconteceu”, disse ele.

A China tem classificado a teoria de que o vírus pode ter escapado de um laboratório de Wuhan como “absurda” e disse repetidamente que “politizar” a questão dificultará as investigações.

Tedros informará aos 194 Estados-membros da OMS na sexta-feira sobre uma proposta de segunda fase do estudo, disse o maior especialista em emergências da OMS, Mike Ryan.

“Esperamos trabalhar com nossos parceiros chineses nesse processo e o diretor-geral delineará medidas aos Estados-membros em uma reunião amanhã, na sexta-feira”, disse ele a repórteres.

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