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China pode deixar taxas de empréstimo referenciais inalteradas por cautela com yuan

18 nov 2022, 10:30 - atualizado em 18 nov 2022, 10:30
Yuan
O yuan já caiu cerca de 11% em relação ao dólar este ano e está próximo da maior perda anual desde 1994 (Imagem: Pixabay/PublicDomainPictures )

A China deve manter as taxas de empréstimo de referência inalteradas pelo terceiro mês consecutivo na segunda-feira, mostrou uma pesquisa da Reuters, já que as autoridades continuam relutantes em enfraquecer o yuan ao afrouxar ainda mais as condições monetárias.

A taxa básica de empréstimo (LPR, na sigla em inglês), que os bancos normalmente cobram de seus melhores clientes, é calculada todos os meses após 18 bancos comerciais designados apresentarem propostas ao Banco do Povo da China.

Em uma pesquisa com 22 participantes do mercado realizada esta semana, todos previram que não haverá mudança na LPR de um ano. No entanto, cinco participantes, ou 23%, esperavam uma redução na LPR de cinco anos .

A maioria dos empréstimos novos e pendentes na China é baseada na LPR de um ano, que é de 3,65%. A taxa de cinco anos influencia o preço das hipotecas e agora está em 4,30%. A China cortou as duas LPRs pela última vez em agosto para impulsionar a economia.

“Esperamos que a LPR de um ano permaneça inalterada em 3,65%, já que o banco central manteve a taxa do mecanismo de empréstimo de médio prazo (MLF, na sigla em inglês) estável em novembro”, disseram analistas do Barclays em nota.

O banco central rolou parcialmente empréstimos da MLF que venciam no início desta semana e manteve a taxa de juros inalterada pelo terceiro mês consecutivo, sugerindo que as autoridades continuam cautelosas em alimentar ainda mais a fraqueza do iuan ao afrouxar as condições monetárias.

As autoridades estão buscando apoiar o crescimento econômico sem desencadear instabilidade financeira. A redução dos juros para sustentar a desaceleração da economia pode ampliar ainda mais a diferença da política monetária chinesa diante das principais economias, especialmente os Estados Unidos, o que pode encorajar saídas de capital.

O yuan já caiu cerca de 11% em relação ao dólar este ano e está próximo da maior perda anual desde 1994.

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