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China será a salvação da ‘lavoura’ argentina na renovada onda de crise explosiva?

22 jul 2022, 11:01 - atualizado em 22 jul 2022, 11:03
Argentina
Exportações argentinas para a China continuarão em crescimento, assim como o Brasil também pode ter um papel preponderante. (Imagem: Pexels/Jose Luis Vazquez)

A economia da Argentina é caracterizada por uma baixa diversificação produtiva e das exportações, com concentração em commodities agrícolas. Está, assim, sujeita aos ciclos de preços bastante característicos desse segmento.

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Com o ciclo de crise econômica se renovando explosivamente, sobram poucas alternativas a não ser a tendência de concentrar ainda mais a pauta de exportações em soja, trigo, milho, girassol e carnes.

A China é o primeiro parceiro comercial do país. No ano de 2021, as exportações argentinas para a China alcançaram US$.6,3 bilhões, principalmente soja e derivados e carnes.

Destarte, o comércio entre a China e Argentina pode ser feito em moedas locais (yuan e pesos).

Além do comércio, a China vem investindo pesadamente no país vizinho.

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Argentina na Rota da Seda

A Argentina se integrou e aderiu à iniciativa do Cinturão e da Rota da Seda (BRJ, em inglês), o projeto chinês para financiar a infraestrutura e ampliar sua influência no mundo.

A Central Nuclear Attacha, orçada em US$.8,3 bilhões com contrato já firmado, será o primeiro investimento em energia atômica na América Latina dos asiáticos.

Foram assinados na recente viagem do presidente Alberto Fernández cerca de 25 projetos, na maioria planos de infraestrutura, incluindo-se obras de ampliação e reformas de linhas ferroviárias, programas de transporte, projetos de eletrificação e uma planta para produção de papel e celulose, entre outros projetos.

Todo esse apoio chinês chega ante os dados econômicos da Argentina, que indicam que a inflação deve chegar ao final de 2022 a 85%, a dívida externa passa dos US$ 350 bilhões e os acordos fechados com o FMI estão em xeque com a mudança do ministro da economia e o aumento da influência da vice-presidente Cristina Kirchner.

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Dólar soberano

Com relação ao câmbio, a Argentina é o único país do mundo que possui pelo menos 13 tipos de conversão da moeda. Restrições e tributos criaram cotações para diferentes segmentos da economia.

Além do dólar comercial, paralelo e turismo, como no Brasil, a Argentina tem os câmbios vinho, trigo e Bolsa, entre muitos outros.

Com tantas distorções na economia e um nível de reservas muito baixo, ao redor de US$ 3,2 bilhões, a tendência é mais desvalorizar a moeda nacional.

A Argentina terá que encontrar um bancador, em moeda forte e isento de condicionalidades. Quem? A China?

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Logicamente, as exportações argentinas para a China continuarão em crescimento, assim como o Brasil também pode ter um papel preponderante, pois importamos laticínios, trigo, autopeças, veículos, entre outros pouco produtos de muito menor expressão.

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CEO da Alaby & Associados, consultor da PNUD/ONU em counter trade, membro do Conselho de Comex da Fiesp, ex-diretor da Funcex e durante 35 anos foi secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, responsável direto por dezenas de missões institucionais e comerciais, além de participações em feiras, inclusive em apoio ao Itamaraty.
michel.alaby@moneytimes.com.br
CEO da Alaby & Associados, consultor da PNUD/ONU em counter trade, membro do Conselho de Comex da Fiesp, ex-diretor da Funcex e durante 35 anos foi secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, responsável direto por dezenas de missões institucionais e comerciais, além de participações em feiras, inclusive em apoio ao Itamaraty.