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Chinês pretende boicotar marcas americanas no “Dia dos Solteiros”; na esteira guerra comercial

04 nov 2019, 11:15 - atualizado em 04 nov 2019, 11:17
Alibaba
O Dia dos Solteiros foi lançado há uma década pela gigante do comércio eletrônico Alibaba Group como uma brincadeira com o Dia dos Namorados (Imagem: Michael Nagle/Bloomberg)

Marcas americanas podem enfrentar um grande boicote no maior evento de compras do mundo, em meio às tensões entre EUA e China em torno de temas como tarifas de importação e dominância tecnológica.

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Segundo relatório divulgado na semana passada pela consultoria AlixPartners, mais de três quartos dos consumidores chineses participantes de uma pesquisa pretendem reconsiderar a compra de produtos de empresas americanas em 11 de novembro, quando acontecem as promoções do Dia dos Solteiros. Mais da metade citou como motivo para a decisão a lealdade a seu país.

“Marcas americanas podem esperar alguns problemas por causa das consequências da guerra comercial EUA-China sobre o sentimento do consumidor”, afirmou o relatório.

Os chineses têm gastado mais com produtos nacionais. Após anos de conflito com os americanos, eles se tornaram mais sensíveis a qualquer percepção de ofensa a sua cultura ou soberania.

Como as empresas ocidentais apostam na China para crescimento futuro, dado o tamanho do mercado, a população local se tornou mais exigente, criticando companhias como Coach e Calvin Klein por confrontarem as preferências políticas do governo em Pequim.

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O Dia dos Solteiros foi lançado há uma década pela gigante do comércio eletrônico Alibaba Group como uma brincadeira com o Dia dos Namorados. Atualmente, o evento de 11 de novembro é maior do que Black Friday e Cyber Monday juntas. No ano passado, as vendas passaram de US$ 30 bilhões em um período de 24 horas.

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bloomberg@moneytimes.com.br