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‘Chorão’: Analista critica comportamento de Musk durante teleconferência da Tesla (TSLA)

23 out 2023, 18:05 - atualizado em 23 out 2023, 18:26
Elon Musk Tesla Carros Elétricos
Elon Musk é duramente criticado por analistas de Wall Street (Imagem: Reuters/Hannibal Hanschke/Pool)

O clima pesou para a Tesla (TSLA). Depois de um relatório de produção decepcionante, a montadora de veículos elétricos mais valiosa do mundo voltou a receber a ira de analistas e investidores após a divulgação do seu balanço no último dia 18.

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A Tesla viu sua margem bruta de lucro cair para 17,8%, o menor patamar desde 2021, em meio à queda na demanda por carros da montadora e aumento de despesas relacionadas a projetos de alto capex, como o Cybertruck.

Além dos números considerados “terríveis” por Wall Street, o comportamento de Elon Musk durante a apresentação dos resultados está atraindo críticas.

Ao Yahoo Finance, Kevin Paffrath, analista financeiro que concorreu ao governo da Califórnia em 2021, atacou Elon Musk, ao dizer que o bilionário se comportou como um “bebezinho” durante a teleconferência de resultados da Tesla.

Paffrath também descreveu que Musk esteve “à beira das lágrimas” em determinado momento da apresentação.

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“Para um líder [como Musk] chorar sobre a economia, ao invés de formular planos para superar as adversidades, é patético”, disse o analista que possui 1,9 milhão de seguidores. Além de analista, Paffrath também possui ações da montadora.

Na entrevista ao portal financeiro, o analista criticou o adiamento da construção da gigafactory do México. Avaliada em US$ 10 bilhões, a planta de Monterrey será a mais cara entre as fábricas da Tesla.

Musk sugeriu que o adiamento dos planos para o projeto vem de uma economia com juros mais altos e, portanto, custos de financiamento maiores.

Mas Paffrath buscou rechaçar a tese de Musk. Vendo “medo” nas palavras de Musk, o analista sugere que a Tesla negocie um acordo melhor com o governo mexicano para habilitar o projeto ou mire em públicos de maior renda.

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A crítica feroz de Paffrath não está sendo considerada um evento isolado em Wall Street. Dan Ives, outro analista prestigiado do circuito financeiro, descreveu a teleconferência da Tesla como um “mini-disastre”.

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Margem da Tesla escorrega em meio a escalada de despesas

De acordo com os resultados divulgados na semana passada, a Tesla viu o lucro encolher 37% no confronto anual, a US$ 0,66 por ação (EPS), para o menor nível em dois anos.

A queda da margem de lucro para abaixo dos 18% fez as ações da companhia despencarem 10% na quinta-feira passada.

Apesar da pressão de venda sobre o papel da Tesla que vem sendo verificada no último mês, a companhia ainda é uma das ganhadoras do S&P, tendo subido cerca de 93% no acumulado do ano.

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Quanto à produção de veículos no trimestre anterior, a empresa justificou a queda de entregas a atualizações sazonais na produção que visam diminuir o custo unitário dos carros elétricos.

Alguns analistas disseram que a empresa pode cortar ainda mais os preços para atingir o objetivo, diante de aumento da concorrência e de uma desaceleração mais ampla na demanda por veículos elétricos.

A receita da Tesla no terceiro trimestre passado aumentou 9%, para US$ 23,35 bilhões, em comparação com estimativa de analistas de US$ 24,1 bilhões, no ritmo mais lento de crescimento em três anos.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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