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Circle (CRCL), emissora da stablecoin USDC (USDC), estreia em Nova York com ações em disparada de 230%

05 jun 2025, 14:58 - atualizado em 05 jun 2025, 14:58
Circle, emissora da stablecoin USDC (Imagem Divulgação Circle)
Circle, emissora da stablecoin USDC (Imagem Divulgação Circle)

As ações da Circle, emissora da stablecoin USDC (USDC), passaram a ser negociadas nesta quinta-feira (5) na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Logo no primeiro dia, as ações CRCL registraram um salto de mais de 230% em relação ao preço de abertura. 

Os papéis, cotados a US$ 31, avançaram para US$ 103,75 no melhor momento do pregão, mas o movimento perdeu força devido às interrupções por volatilidade nos negócios. 

O sucesso da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) se deve principalmente pelo crescente interesse em ativos digitais e criptomoedas, em meio aos recentes recordes de preço do bitcoin (BTC), que estimularam uma valorização do mercado como um todo.

Além disso, a oferta deve estimular outras empresas a lançarem ações na bolsa, na opinião de analistas ouvidos pela Reuters.

Fundada em 2013 por Jeremy Allaire e Sean Neville, a Circle emite o USDC, uma criptomoeda que tem paridade com o dólar norte-americano e a segunda maior stablecoin do mundo em valor de mercado, depois da Tether.

Além da USDC, a Circle também emite a stablecoin EURC, uma stablecoin em euro.

Allaire, de 53 anos, lidera a Circle desde sua criação. Ele atuou anteriormente como cofundador e CEO da empresa de tecnologia de streaming Brightcove.

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Ambiente favorável à Circle

Vale lembrar também que o otimismo tomou conta da indústria de ativos digitais com a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, adotando uma abordagem regulatória mais favorável ao setor.

Nos últimos meses, um número crescente de empresas também adicionou criptomoedas aos seus balanços para capitalizar o aumento dos preços dos tokens. Aqui no Brasil, quem encabeça esse movimento é o Méliuz (CASH3).

Do mesmo modo, a aprovação do projeto de lei Genius Act, que regulariza o segmento de stablecoins, pode acelerar ainda mais a adoção dessa classe de criptomoedas, que também são usadas cada vez mais como meio de pagamento digital.

Isso porque métodos de pagamento digital não são tão comuns nos Estados Unidos quanto no Brasil. Enquanto o PIX é o meio de pagamento mais popular por aqui, por lá o cheque ainda é muito utilizado. 

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.