Saúde

Cloroquina não será divisor de águas contra Covid-19, diz Teich

29 abr 2020, 20:38 - atualizado em 29 abr 2020, 20:38
Nelson Teich
A cloroquina foi um dos motivos de embate entre Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Imagem: José Dias/PR)

O ministro da Saúde, Nelson Teich, minimizou nesta quarta-feira a aplicação do medicamento cloroquina no tratamento da Covid-19, a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, dizendo que testes apontaram alta mortalidade da droga que foi amplamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.

“A cloroquina hoje ainda é uma incerteza. Você teve aqueles estudos iniciais que sugeriram benefícios, mas existem estudos hoje que falam o contrário”, disse Teich em resposta a questionamento de um parlamentar durante audiência por videoconferência no Senado.

“Eu tenho uma pessoa, que é o presidente da Novartis, que é quem produz a cloroquina, a hidroxicloroquina, lá na China. Eles tiveram uma ordem de trabalhar 24/7 na produção da hidroxicloroquina, mas isso foi suspenso bruscamente. Conversando com ele, os dados preliminares da China, é que teve uma mortalidade alta, a dose é um pouco maior, e certamente o remédio não vai ser um divisor de águas em relação à doença”.

A cloroquina foi um dos motivos de embate entre Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cuja demissão abriu caminho para Teich assumir o cargo neste mês.

Enquanto Bolsonaro defendia publicamente a utilização do remédio –repetindo postura do presidente norte-americano, Donald Trump–, Mandetta sempre defendeu uma abordagem mais cautelosa, citando os efeitos colaterais e a falta de eficácia comprovada do medicamento.

Na semana passada, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou o uso de hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19, inclusive no início dos sintomas –como defendido por Bolsonaro– depois de encontro com o presidente e Teich no Palácio do Planalto.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar