Internacional

Clube do 1% mais rico em Mônaco exige fortuna de US$ 8 milhões

27 fev 2021, 18:01 - atualizado em 25 fev 2021, 9:41
“Podemos ver claramente a influência da política tributária no topo”, disse Liam Bailey, responsável global por pesquisa da Knight Frank (Imagem: Unsplash/@mrmarkdejong)

Entrar no clube do 1% mais rico nunca é fácil, mas é especialmente difícil em Mônaco.

É preciso uma fortuna de quase US$ 8 milhões para se encaixar na categoria no principado mediterrâneo, onde os residentes normalmente não pagam imposto de renda, de acordo com pesquisa realizada pela Knight Frank.

Suíça e Estados Unidos vêm em seguida com as entradas mais elevadas, exigindo fortunas de US$ 5,1 milhões e US$ 4,4 milhões, respectivamente, de acordo com o Relatório de Riqueza 2021 da consultoria imobiliária. Em Cingapura, com US$ 2,9 milhões o indivíduo entra para o clube.

“Podemos ver claramente a influência da política tributária no topo”, disse Liam Bailey, responsável global por pesquisa da Knight Frank.

Os dados destacam como a pandemia ampliou a diferença entre países ricos e pobres. O ponto de entrada para o 1% mais rico de Mônaco é quase 400 vezes maior do que no Quênia, com a pior classificação entre 30 países no estudo da Knight Frank. O Banco Mundial estima que 2 milhões de pessoas no país africano caíram na pobreza devido à crise de Covid-19.

Enquanto isso, as 500 pessoas mais ricas do mundo aumentaram suas fortunas em US$ 1,8 trilhão no ano passado, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, com os empreendedores de tecnologia dos EUA Elon Musk e Jeff Bezos entre os ganhadores.

Os ganhos desproporcionais entre os ricos e os custos crescentes para governos decorrentes da crise de coronavírus levaram algumas nações a introduzir ou considerar impostos sobre a riqueza. Nos Estados Unidos, alguns democratas pressionam por impostos mais altos sobre a renda em nível estadual, inclusive em Nova York.

Mais de um terço dos consultores de pessoas ricas entrevistadas para o relatório da Knight Frank citaram questões tributárias como a principal preocupação dos clientes. “Os governos gastaram muito e agora estamos em uma situação semelhante como depois da crise financeira, quando havia uma sensação crescente de: ‘Quem vai pagar por tudo isso?’”, disse Bailey.

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