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Co-fundador de Gemini acusa Genesis de fraude: ‘Campanha de mentiras cuidadosamente elaborada’

10 jan 2023, 14:58 - atualizado em 10 jan 2023, 14:58
Gemini Genesis Fraude
Na declaração, Winkelvoss detalha de maneira específica o modo que a Gemini foi fraudada pela Genesis “e por outras pessoas importantes” (Imagem: Facebook/Gemini)

Em carta aberta enviada ao Digital Currency Group (DCG), o co-fundador da Gemini, Cameron Winklevoss, acusou sua credora Genesis de fraudar a Gemini e seus 340.000 usuários nesta terça-feira (10).

A declaração foi postada no Twitter hoje, com três páginas de reclamações contra a credora e sua controladora.

Na carta aberta publicada também no Twitter do co-fundador, Winkelvoss detalha várias mentiras feitas contra a Gemini em relação às consequências do colapso da Three Arrows Capital (3AC).

Recentemente, e impulsionados por eventos como de FTX e Three Arrows Capital (3AC), a empresa de empréstimo de criptomoedas Genesis Global Trading Inc., controlada pelo Digital Currency Group (DCG), demitiu 30% de sua força de trabalho e já estava cogitando decretar falência.

A Genesis supostamente deve uma quantia de US$ 900 milhões para a Gemini. A Gemini era cliente da Genesis e utilizava seus serviços para o programa Gemini Earn, onde oferece 8% de rentabilidade em empréstimos criptos.

Após o evento da crise em FTX, e o efeito cascata na Genesis, a Gemini anunciou que pausaria seu programa Earn.

Co-fundador da Gemini detalha acusação de fraude pela Genesis; “Uma campanha de mentiras”

Na declaração, Winkelvoss detalha de maneira específica o modo que a Gemini foi fraudada pela Genesis, pelo CEO da DCG, Bary Silbert, “e por outras pessoas importantes”.

“Estou escrevendo para informar que o Gemini e mais de 340.000 usuários do Eam foram fraudados pela Genesis Global Capital, LLC (Genesis), juntamente com sua empresa-mãe Digital Currency Group, Inc. (DCG), seu fundador e CEO Barry Silbert, e outro pessoal-chave. Essas partes conspiraram para fazer declarações falsas e deturpações para Gemini, usuários do Earn, outros credores e o público em geral sobre a solvência e a saúde financeira do Genesis”, diz.

Conforme o co-fundador, a Genesis mentiu para fazer com que os credores acreditassem que o Digital Currency Group (GC) havia sofrido grandes perdas com o colapso da Three Arrows Capital Ltd. (3AC) e, com isso, “induzir os credores a continuar fazendo empréstimos à Genesis.”

“Mentindo, esperavam ganhar tempo para sair do buraco que criaram. Aqui está o que aconteceu. Estamos aprendendo mais a cada dia, mas, no momento, os eventos básicos, como os entendemos, são os seguintes: a Genesis emprestou US$ 2,36 bilhões em ativos para o 3AC, um fundo de hedge com sede em Cingapura que faliu em junho de 2022.”

Winklevoss comenta na carta que, depois que as garantias foram liquidadas, a Genesis indicou que ficou com uma perda de pelo menos US$ 1,2 bilhão. “A essa altura, Barry Silbert tinha duas opções legítimas: reestruturar a carteira de empréstimos do Genesis (dentro ou fora do tribunal de falências) ou preencher o buraco de US$ 1,2 bilhão”, explica.

Segundo acusa o co-fundador da Gemini, ele não fez nenhum dos dois. “Naquele momento, a carteira de empréstimos da Genesis era de aproximadamente US$ 8 bilhões, o que significa que a perda de US$ 1,2 bilhão da 3AC representaria aproximadamente 15% dos ativos da carteira de empréstimos.”

Ainda segundo as acusações contidas na carta, uma reestruturação poderia ter resolvido esse déficit para obter uma recuperação total dos ativos para todos os credores – incluindo os usuários do Eam em um curto período de tempo e dar-lhes acesso direto à liquidez.

“Mas Barry optou por não fazer isso. Ele também optou por não preencher o buraco de US$ 1,2 bilhão. Em vez disso, ele fingiu. A partir do início de julho de 2022, Barry, DCG e Genesis embarcaram em um projeto cuidadosamente elaborado. Uma campanha de mentiras para fazer os usuários Gemini, Earn e outros credores acreditarem que o DCG injetou US$1,2 bilhão de suporte real para o Genesis”, acusa.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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