BusinessTimes

Com Assaí fora, multivarejo vira a grande estrela dos resultados do Grupo Pão de Açúcar

24 fev 2021, 13:18 - atualizado em 24 fev 2021, 13:21
Supermercados Extra Pão de Açúcar PCAR3
Segundo o Banco Safra, o Grupo Pão de Açúcar está finalmente conseguindo mostrar melhorias consistentes em sua divisão de multivarejo (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) seguiu a trajetória positiva apresentada ao longo de 2020 e fechou o ano com mais uma leva de resultados sólidos, na opinião dos analistas.

A empresa varejista do segmento alimentício reportou os números consolidados do quarto trimestre um dia após a divulgação dos resultados da rede de atacarejo Assaí, que se encontra nos últimos preparativos para deixar o grupo e atuar de forma independente no mercado.

Os resultados do Grupo Pão de Açúcar surpreenderam pelo lado do Ebitda, superando em 7% as estimativas da XP Investimentos. A corretora destacou a rentabilidade em níveis recordes no segmento de multivarejo (GPA Brasil), com aceleração do indicador SSS (Vendas Mesmas Lojas) nas bandeiras Extra e Pão de Açúcar. O e-commerce também mostrou rentabilidade positiva no período.

“Acreditamos que os resultados devem permanecer sólidos no curto prazoenquanto vemos o setor estruturalmente melhor no ‘novo normal’ do que antes da pandemia devido a políticas flexíveis de home office e novos hábitos de consumo”, comentaram Danniela Eiger, Marco Nardini e Thiago Suedt, analistas de Varejo da XP.

O Safra adotou uma visão parecida sobre os resultados do grupo. Na avaliação da equipe de análise, a companhia está finalmente conseguindo mostrar melhorias consistentes em sua divisão de multivarejo, que deve continuar crescendo conforme o Grupo Pão de Açúcar otimiza sua nova proposta de valor para os hipermercados Extra, com foco em preços mais competitivos em categorias de consumo em massa, melhora no serviço ao consumidor em produtos perecíveis e revisão do portfólio de eletrodomésticos. Soma-se a isso a implantação do modelo G7 (sétima geração) em unidades da bandeira Pão de Açúcar.

A XP e o Safra têm o Grupo Pão de Açúcar como nome preferido no varejo alimentício (Imagem: Money Times/Lucas Simões)

Hora de comprar a ação

A XP reiterou a compra da ação da companhia, com preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 103. Além das boas perspectivas de curto prazo, a corretora, que tem o Grupo Pão de Açúcar como nome preferido do setor, está otimista com a cisão do Assaí.

“A cisão da operação deve ser um evento importante para destravar valor aos acionistas, enquanto vemos os resultados como uma sinalização positiva da perspectiva das operações de GPA Brasil”, afirmaram os analistas.

O Safra manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo para 2021 de R$ 102. A instituição também mostrou preferência pela companhia dentre os players do varejo alimentício.

O BTG Pactual (BPAC11) destacou a resilência dos números reportados pelo grupo. Assim como a XP, o banco enxerga um bom momentum para a companhia nos próximos meses. Com a separação do Assaí, os analistas veem potencial de valorização relevante a ser capturado.

O BTG tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 99 para a ação.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.