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Com estratégia renovada, MRV terá portfólio consistente e manterá resultados acima da média

13 dez 2020, 13:54 - atualizado em 13 dez 2020, 13:54
MRV
Segundo o Safra, a MRV deve tirar vantagem do cenário positivo do setor de construção enquanto segue aprimorando a faixa de preços do seu portfólio de produtos (Imagem: LinkedIn/MRV)

As novas estratégias da MRV (MRVE3) devem criar um portfólio ainda mais consistente para a companhia, com grande flexibilidade para operar nos segmentos de baixa e média renda, defendeu o Safra.

A instituição financeira participou do evento MRV Day 2020 na quarta-feira. A perspectiva sobre a construtora não poderia ser mais positiva: na avaliação dos analistas, a companhia deve tirar vantagem do cenário positivo do setor de construção enquanto segue aprimorando a faixa de preços do seu portfólio de produtos. Segundo o Safra, considerando que o alcance da MRV passou a ser de famílias com renda mensal entre dois a 11 salários mínimos e que as taxas de juros permanecem em bons patamares, a empresa continuará entregando resultados acima da média da indústria.

“Ainda achamos que [a MRV] é uma das companhias mais bem posicionadas para operar no segmento de baixa renda, como também representa um porto seguro para atuar na indústria de construção como um todo”, disse Luiz Peçanha, em relatório divulgado na quinta.

No evento, a MRV falou um pouco sobre suas unidades de negócio complementares Urba (loteamentos), Luggo (administração de móveis alugados) e AHS (operação internacional).

Apesar dos atrasos dos novos projetos, causados pela pandemia de Covid-19, a AHS voltou com o plano de construir 5,1 mil unidades em 2023 – e estabilizar em 5 mil unidades anuais depois disso. Dessa forma, espera-se que o VGV (Valor Geral de Vendas) em dólar da unidade de negócio cresça continuamente a partir de 2022, de US$ 373 milhões para US$ 1,3 bilhão em 2025.

A MRV também está apostando nas potenciais sinergias com a Urba. O Safra destacou que terrenos inicialmente descartados por conta da faixa de preços ou por falta de urbanização estão sendo transferidos para a Urba, que pode se apoiar no histórico de expansão em mercados novos e lucrativos da MRV.

No caso da Luggo, a construtora pretende entrar em dois novos mercados: Bahia e Rio Grande do Sul. Na Luggo, a MRV conta atualmente com cerca de 1,1 mil unidades para lançamentos em um futuro próximo e 2,3 mil unidades já aprovados em novos projetos.

“A marca Luggo chega com uma proposta diferenciada para o mercado incipiente de aluguel de imóveis no Brasil e, por isso, a MRV está apostando que poderá surfar sua atual fase de alto crescimento”, afirmou Peçanha.

Sensia

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O destaque do MRV Investor Day foi o lançamento da Sensia, divisão de empreendimentos residenciais para famílias de média renda (Imagem: Instagram/ MRV)

O destaque do MRV Investor Day foi o lançamento da Sensia, divisão de empreendimentos residenciais para famílias de média renda.

Os empreendimentos serão voltados a famílias com renda mensal de R$ 7 mil a R$ 11 mil. O preço médio de venda estimado é de R$ 344 mil por apartamento, e os compradores receberão consultoria para escolher pisos, louças, armários e pacotes de tecnologia.

Já estão previstos os lançamentos de quatro empreendimentos da Sensia até junho de 2021 nas cidades de Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Salvador (BA) e Maceió (AL). Até 2023, a Sensia deve ter presença em 12 cidades e atingir VGV de R$ 1 bilhão ao ano.

Recomendações

O Safra reiterou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e o preço-alvo ao fim de 2020 de R$ 22,90 para a ação da MRV. O banco está confiante com a posição de landbank e a ampla operação geográfica da companhia.

O BTG Pactual (BPAC11), que também acompanhou o MRV Investor Day, manteve a recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 23 para os próximos 12 meses. A visão positiva do banco também é baseada no sólido landbank, bem como nos custos de construção estáveis da empresa.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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