Trabalho

Com inflação e recessão nos EUA é hora de mudar de emprego? Veja o que diz pesquisa

18 jul 2022, 15:33 - atualizado em 18 jul 2022, 15:33
Trocar de emprego
80% dos candidatos a emprego esperam que os EUA entrem em recessão no próximo ano, diz pesquisa (Imagem: Tim Gouw/Unsplash)

Deixar um emprego para tentar novas oportunidades pode ser tentador, mas com inflação e recessão presentes não dá para brincar em serviço na hora de escolher.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo com um mercado que desde janeiro adicionou 1,7 milhão de empregos nos Estados Unidos, movimentos como o das demissões voluntárias, apelidado de “a grande renúncia”, mostram novas percepções sobre carreira.

Mas, muitos não estão se sentindo tão otimistas com o mundo do trabalho. É o que diz o novo relatório da plataforma de busca de emprego Joblist que pesquisou mais de 11.000 candidatos.

Recessão batendo à porta

Apesar do crescimento do emprego se permanecer forte e a taxa de desemprego se manter estável em 3,6% – o índice mais baixo desde janeiro de 2020, à medida que consumidores e empresas lidam com a inflação, taxas de juros crescentes, interrupções contínuas na cadeia de suprimentos e a Covid-19, muitos se preocupam com uma recessão que parece estar aguardando na esquina.

Essa apreensão já atinge os trabalhadores: 80% dos candidatos a emprego esperam que os EUA entrem em recessão no próximo ano e 49% preveem que o mercado de trabalho piorará nos próximos seis meses.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como resultado, 60% dos candidatos sentem mais urgência em encontrar um emprego agora, antes que as condições do mercado mudem.

Inflação abocanhando salários

Nos EUA a inflação supera os aumentos salariais e no Brasil não é diferente.

Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no acumulado de 2022 até junho, em que a inflação soma alta de 5,49%, o salário mínimo necessário já deveria ser de R$ 6.527,67, valor distante dos atuais R$ 1.212 ou do previsto para o ano que vem de R$ 1.294.

Para os norte-americanos, dos trabalhadores que receberam aumento salarial no primeiro semestre de 2022 (41%) 72% relataram que o aumento foi inferior a 8,5%, não conseguindo acompanhar a taxa de inflação atual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apenas 28% dizem que esses aumentos foram superiores à inflação. Mais de 75% dos candidatos a emprego acreditam que poderiam ganhar mais dinheiro se trocassem de trabalho.

Antecipando a aposentadoria

Enquanto a pandemia do Coronavírus fez com que dois milhões de pessoas se aposentassem antecipadamente nos EUA, 27% desses profissionais agora estão voltando ao trabalho motivados por razões financeiras.

Ficar parado não dá. 60% deles dizem que isso é por motivos pessoais, como querer ocupar o tempo, e 53% relatam que estão felizes em voltar ao mercado.

Nem tudo são flores e esse movimento não é tão espontâneo assim. 21% dos participantes do levantamento citaram a inflação como principal motivo para retornar ao trabalho.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trocar de trabalho e custo do arrependimento

Mudar de emprego também tem um custo. 26% dos funcionários que mudaram de emprego disseram que se arrependeram e 17% que voltariam ao antigo ofício.

Em números, foram quase 48 milhões de norte-americanos que deixaram seus postos em 2021, segundo o Federal Reserve Economic Data (FRED).

A saudade do ex é presente em ambos os lados. A pesquisa do Joblist identificou que 23% dos entrevistados relataram que seu empregador anterior entrou em contato com eles convidando-os para voltarem depois de pedirem demissão.

Para o CEO da Joblist, Kevin Harrington, hoje as perspectivas são mais incertas, mas mudar continua sendo uma opção possível.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Apesar dos sinais de alerta econômicos, ainda não é um mau momento para procurar emprego. Meu maior conselho para quem procura emprego é avaliar novas oportunidades de forma mais crítica e olhar antes de pular. Pode ser mais difícil trocar de função mais tarde, portanto, certifique-se de estar confiante em sua decisão e tenha um plano de backup antes de sair”, aconselhou ele em um e-mail divulgado pelo Fast Company.

Money Times é Top 10 em Investimentos!

É com grande prazer que compartilhamos com você, nosso leitor, que o Money Times foi certificado como uma das 10 maiores iniciativas brasileiras no Universo Digital em Investimentos. Por votação aberta e de um grupo de especialistas, o Prêmio iBest definirá os três melhores na categoria de 2022. Se você conta com o nosso conteúdo para cuidar dos seus investimentos e se manter sempre bem-informado, VOTE AQUI!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Estagiária
Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
gabriela.occhipinti@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar