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Com o fim do auxílio emergencial, evite a Ambev e aposte na M.Dias Branco, diz Ágora

24 nov 2020, 14:33 - atualizado em 24 nov 2020, 14:33
Cerveja, Ambev
Segundo analistas, o mercado de cervejas é mais expostos à crises (Imagem: YouTube/Ambev)

O auxílio emergencial, aprovado pelo Governo Federal em meados de maio, impulsionou a economia e ajudou a evitar uma recessão mais profunda no país. Mas ela tem prazo de validade: segundo o ministro da economia, Paulo Guedes, não haverá prorrogação da ajuda.

Para Guedes, a pandemia do coronavírus está cedendo e a atividade econômica está voltando. Ele acrescentou que o benefício poderia durar até um ano se o valor fosse menor, de R$ 200, conforme proposto inicialmente pela equipe econômica.

“Como sinalizamos antes, pensamos que o fim da ajuda emergencial do Brasil até o final do ano 2020 levará a uma rotação do investidor para ações mais resilientes a cenários de menor renda disponível”, afirmam os analistas Leandro Fontanes e Ricardo França, da Ágora Investimentos.

De acordo com a dupla, a M.Dias Branco (MDIA3), com recomendação de compra e preço-alvo R$ 42, é a ação mais resistente pois vende, principalmente, marcas mais baratas.

Na outra ponta, a Ambev (ABEV3) – recomendação neutra e preço-alvo de R$ 15,50 – pode sofrer com a falta de renda dos consumidores, já que a demanda por cerveja é historicamente sensível à crises econômicas, argumentam.

Segunda onda da Covid

Se houver nova onda de Covid-19 no Brasil, o ministro reiterou que o governo agirá com a mesma capacidade de decisão empenhada neste ano, mas já sabendo os programas que funcionam melhor e os que não emplacaram na crise.

Ele avaliou que o número de mortes pelo coronavírus parece ter tido um repique, mas afirmou que é preciso observar se esse movimento vai se firmar.

“Pode ser que tenha voltado um pouco, mas ao mesmo tempo tem características sazonais a doença. Estamos entrando no verão, primavera-verão, e vamos observar um pouco em vez de já, nós que não somos especialistas, começar a decretar que doença está aí e tem que trancar tudo de novo”, disse.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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