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Com reestruturação e expansão digital, Cogna mostrará resultados mais saudáveis a partir de 2022

16 dez 2020, 11:49 - atualizado em 16 dez 2020, 11:49
Cogna
As mudanças realizadas pela Cogna no segmento presencial devem levar a ganhos no futuro (Imagem: Instagram/ Kroton Educação)

A Cogna (COGN3) está se movendo na direção certa, afirmou a Ágora Investimentos. Com a implantação do plano de reestruturação e as perspectivas positivas para o segmento de ensino a distância (EAD), os analistas acreditam que a companhia deve apresentar resultados mais saudáveis a partir de 2022.

“Ainda não temos o impacto preciso que trará o processo de reestruturação da empresa, mas os números iniciais parecem promissores”, comentaram Fred Mendes e Flávia Meireles, em relatório divulgado ontem à noite, após o fechamento do mercado.

Os analistas acompanharam o dia do investidor da Cogna, realizado na segunda. A companhia falou um pouco mais sobre o processo de reestruturação e as iniciativas digitais que foram antecipadas para 2020 em razão da pandemia de Covid-19.

A Cogna realizou uma série de mudanças no segmento presencial, o que deve levar a ganhos no futuro. A reestruturação consiste na otimização do portfólio dos cursos, analisando as características de cada um para descobrir qual meio, presencial ou EAD, é o mais rentável, além da unificação e migração de algumas unidades e otimização de custos e despesas.

“Com tudo implementado, a empresa espera ver uma redução de 18% em aluguéis, 17% em utilidades e instalações, 20% em manutenção e capex de expansão física e 27% em outros custos e despesas (todos em comparação com 2020 excluindo os efeitos da crise do Covid-19)”, destacaram Mendes e Meireles.

Abordagem digital

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A Cogna espera aumentar em mais de 50% o número de cursos digitais ofertados (Imagem: Unsplash/@anniespratt)

A Cogna pretende acelerar seu plano de expansão online. A empresa vai abrir mais centros de ensino (+600 até 2022) e aumentar em mais de 50% o número de cursos digitais ofertados.

Os cursos premium também devem se expandir. A Cogna compartilhou as projeções para o segmento de medicina. A receita líquida estimada para 2020 é de R$ 213 milhões, enquanto o Ebitda deve atingir R$ 76 milhões, implicando em um ticket de R$ 7,1 mil ao mês.

Em relação à Vasta, a Cogna continuará investindo na plataforma Plurall, que conseguiu se sair bem durante a crise.

“A empresa se beneficiou de sua nova estratégia de vendas digitais durante a crise, e devemos continuar a ver mais disso no futuro”, disseram os analistas. “No futuro, uma via de crescimento interessante para a Vasta poderia ser a Plurall Store, um mercado para soluções K-12 (ensino básico), muitas também oferecidas em formatos freemium para maior conversão. Uma das soluções que poderão ser oferecidas na plataforma é o Plurall Maestro, que conectará professores e alunos para a venda de aulas particulares”.

A Cogna ainda está com um projeto novo, o mercado B2C (Business to Consumer). A ferramenta reunirá diferentes soluções para o mercado educacional, oferecendo aos alunos uma cartela de produtos, desde cursos de ensino superior e idiomas até serviços financeiros.

Curto prazo pressionado

A Ágora manteve a recomendação neutra para a ação da Cogna, com preço-alvo de R$ 6,50. Mesmo com os bons números da Vasta e uma perspectiva de longo prazo mais promissor, o cenário de curto prazo segue pressionado – principalmente nos números da Kroton.

A Guide Investimentos também participou do Cogna Day. A corretora indicou a compra do papel, com preço-alvo de R$ 9, por conta do otimismo com a reabertura das escolas em 2021. O processo de reestruturação também anima, mas existem pontos que merecem ser levados em conta, como a demora para definir a reestruturação e a falta de detalhes sobre a execução do plano. No mais, a Guide reforçou que todo o processo será longo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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