Invasão da Ucrânia

Com Rússia fora do Swift, preço da gasolina pode superar R$ 10, diz Adriano Pires

26 fev 2022, 20:07 - atualizado em 26 fev 2022, 20:20
Gasolina a R$ 10, um dos efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia
Prepare-se: Rússia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, e sua exclusão do Swift pode fazer preços dispararem (Imagem: REUTERS/Max Rossi/File Photo)

A exclusão da Rússia, uma das maiores produtoras mundiais de petróleo e gás, do sistema internacional de pagamentos Swift, anunciada pela União Europeia e pelos Estados Unidos no início da noite deste sábado (26), pode fazer o barril do petróleo disparar no mercado internacional. Com isso, o preço da gasolina, no Brasil, pode superar os R$ 10 por litro.

A estimativa é de Adriano Pires, um dos maiores especialistas em energia do Brasil. Em entrevista ao vivo para a CNN Brasil, o sócio-fundador da CBIE (Centro Brasileira de Infraestrutura) afirmou que, em uma situação-limite, o preço do barril de petróleo pode chegar em US$ 150, o que pressionaria o preço dos combustíveis em todo o mundo.

Preço da gasolina já está defasado

O especialista lembrou que os preços do mercado brasileiros, atualmente, já apresentam uma defasagem de 9% a 10% em relação ao mercado internacional. Pires não acredita, contudo, que a Petrobras (PETR3; PETR4) mexerá em sua tabela de preços, até que tenha clareza sobre qual será o novo piso do barril e o novo patamar da taxa de câmbio.

Um problema levantado pelo especialista é que a Petrobras tem cada vez menos controle sobre o mercado de refino, já que vendeu a maior parte de suas refinarias para empresas privadas que podem decidir acompanhar a cotação internacional num ritmo mais rápido que a estatal.

“Se, de fato, o petróleo chegar a US$ 150, não haverá outra saída, além da ajuda do governo, porque não há condições de as empresas repassarem esse aumento para os preços”, afirmou.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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