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Com sobra, arroz não repete demanda de 2020 e produtores já pensam em escoar para ração

20 jul 2021, 9:07 - atualizado em 20 jul 2021, 9:22
Arroz
Produção gaúcha mais elevada faz sobrar arroz, sem respaldo de preço no varejo (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os arrozeiros gaúchos saíram de quarta maior safra da história, acima de 8,5 milhões de toneladas, alimentada por produtividades recordes, sem o ímpeto do consumo interno e exportador igual a 2020, quando em pleno final de safra (abril/maio) os preços já mostravam solidez mesmo com a oferta maior entrando.

A inflação do arroz não deverá se repetir em 2021 e os produtores estão enxergando a alternativa de escoar parte da produção para as indústrias de ração. Aliás, segue movimento de outros grãos, com as misturadoras testando alternativas de substituição ao milho, como o sempre escasso trigo nacional.

O analista Vlamir Brandalizze tem ouvido isso dos produtores do maior estado rizicultor brasileiro.

As indústrias de rações estão pagando até R$ 80 a saca. As indústrias de beneficiamento para alimentação humana não estão nem alcançando os R$ 77. Além de a maioria oferecer o piso nominal mais baixo, de R$ 70.

“As empresas não estão conseguindo repassar mais preços nos supermercados”, diz Brandalizze, que enxerga no pacote de R$ 18 o limite de preço, embora as promoções abaixo estejam grandes.

Poderá haver maior fluidez nas gôndolas ao final de julho, com os estoques mais baixos, e esse cenário poderá ser o prazo de espera para os rizicultores gaúchos aguardarem seus tradicionais clientes elevarem as ofertas acima das fábrica de alimentos para os animais.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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