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Com um pé no Ibovespa, Cury (CURY) reporta números recordes no 2T25; Faixa 4 do MCMV dá ‘empurrãozinho’

06 ago 2025, 11:52 - atualizado em 06 ago 2025, 11:52
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(Imagem: Reprodução)

Entre as principias apostas dos analistas para a carteira teórica do Ibovespa na atualização de setembro, a Cury (CURY3) é consenso. A companhia, porém, precisa mostrar que tem fôlego para estar entre as principais empresas da Bolsa de Valores. Se depender dos resultados do segundo trimestre de 2025, a construtora está tranquila.

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A Cury registrou mais um trimestre robusto no 2T25, combinando crescimento acelerado, margens elevadas e forte geração de caixa. Segundo o BTG Pactual, o desempenho superou as expectativas do mercado.

A companhia reportou lucro líquido de R$ 237 milhões no trimestre, alta de 37% em relação ao 2T24 e 5% acima da projeção do banco. O ROE anualizado atingiu 71%, enquanto a receita líquida somou R$ 1,35 bilhão (+35% no comparativo anual e 3% acima do estimado), sustentada pelo bom ritmo de lançamentos e vendas. A margem bruta ajustada ficou em 39,8%, 1,3 ponto percentual acima do ano anterior.

No operacional, as vendas líquidas chegaram a R$ 2,26 bilhões e o landbank (banco de terrenos) atingiu R$ 21,1 bilhões em VGV potencial, garantindo fôlego para novos lançamentos. A companhia segue fortemente posicionada no programa Minha Casa Minha Vida, principalmente no Faixa 4, que representou 92,8% das vendas no trimestre.

A geração de caixa livre foi de R$ 121 milhões (retorno anualizado de 6%), marcando o 25º trimestre consecutivo de fluxo de caixa positivo — feito alcançado mesmo com a expansão das operações, o que, segundo o BTG, comprova a eficiência do modelo “asset light”. Ao fim de junho, a construtora tinha caixa líquido de R$ 221 milhões.

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Para os analistas do banco, as ações da Cury estão baratas. Hoje, elas valem cerca de 6,5 vezes o lucro que a empresa deve gerar em 2026 — um preço baixo para uma companhia que cresce rápido, tem margens altas e atua em um mercado de habitação popular aquecido.

“A Cury entregou resultados fortes, com margens robustas, alta rentabilidade e sólida geração de caixa, reforçando o potencial de valorização do papel”, destacou o banco.

Por volta das 11h30 (horário de Brasília) ação da companhia sobe 3,72%, a R$ 31,22 em resposta aos números. O BTG possui recomendação de compra para a ação.

Teleconferência: Gestão projeta bom 3T25

Os executivos da Cury afirmaram, na teleconferência de resultados do 2T25, que espera um terceiro trimestre mais forte que o inicialmente projetado, impulsionado pelo avanço das vendas no Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida e pelo bom momento no mercado de baixa renda.

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A construtora também reforçou que manterá o foco em terrenos estratégicos nas regiões centrais de São Paulo e Rio de Janeiro, para sustentar a velocidade de vendas.

Apesar de a margem bruta ajustada ter subido para 39,8% no trimestre, beneficiada por um mix de lançamentos de alta qualidade, a administração descartou novos ganhos expressivos no curto prazo. O objetivo, segundo os executivos, é manter o patamar de 39%, em um cenário de estabilidade nos preços de materiais e pressão ainda presente nos custos de mão de obra.

“Nosso cenário base é de sustentação da margem. A alta recente foi puxada por uma safra muito boa de lançamentos, mas pode haver diluição com a inflação futura”, destacou a gestão.

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Em 2025, batizado internamente como “o ano da entrega”, a Cury confirmou que o cronograma segue dentro do planejado, sem gargalos relevantes com empreiteiras ou disponibilidade de mão de obra. A expectativa é encerrar o ano com volume de lançamentos acima do projetado no início do ano (R$ 7 bilhões a R$ 7,5 bilhões), diante da boa resposta de vendas no Faixa 4.

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No radar estratégico, a companhia segue atenta à possível recriação de um fundo de financiamento habitacional para média renda, que substituiria parte da captação via poupança, hoje limitada. Enquanto isso, mantém forte geração de caixa e sólida posição financeira, o que permite avançar em oportunidades de aquisição de terrenos e novos projetos.

“Estamos posicionados para aproveitar as melhores localizações e o momento favorável do mercado de habitação popular, sem abrir mão da disciplina de margem e caixa”, afirmou a companhia.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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