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Combustíveis: fracasso em venda de refinaria acende sinal amarelo na Petrobras

01 set 2021, 20:27 - atualizado em 01 set 2021, 20:40
Petrobras
A perda da venda trava o principal objetivo da maior empresa do país, o qual é a quebra do monopólio no setor de combustíveis (Imagem: REUTERS/Jamil Bittar)

A Petrobras (PETR4) fracassou na última semana ao tentar vender a refinaria Abreu e Lima, comentaram o Itaú BBA, Ágora Investimentos e BTG Pactual em relatórios obtidos pelo Money Times.

Para os analistas do Itaú, a perda da venda trava o principal objetivo da maior empresa do país, o qual é a quebra do monopólio no setor de combustíveis, o que deixaria o mercado mais competitivo.

“A venda desses ativos reduziria as perdas pesadas que a Petrobras tem sofrido por manter os preços abaixo dos internacionais paridade”, afirmaram André Hachem, Leonardo Marcondes, João Nasser e Renan Moura ao assinar o relatório do Itaú.

Ainda de acordo com o BBA, para atingir essa objetivo, a companhia teria que vender todas as refinarias, com isso, a estatal não controlaria o preço da gasolina no Brasil.

Os especialistas também comentaram que a chegada do ano eleitoral deve travar ainda mais a venda de ativos da empresa, o que acende o sinal amarelo para petroleira.

Jair Bolsonaro
Os especialistas também comentaram que a chegada do ano eleitoral deve travar ainda mais a venda de ativos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Mesmo assim, Hachem, Marcondes, Nasser e Moura classificaram o papel como Outperform (desempenho acima da média do mercado).

Além disso, o BTG Pactual concordou com o Itaú e explicou que teme o esgotamento do tempo para a Petrobras sair do setor de refino por causa de 2022.

Não obstante, o banco entendeu também que a falha na negociação foi extremamente negativa para a geração de valor para a empresa.

“Obviamente a mensagem é negativa pois não só reduz o potencial de valor a ser levantado como também provavelmente reduz o interesse para o restante dos ativos”, disse o BTG.

Por isso, o BTG possui recomendação neutra para a ação.

Por fim, a Ágora Investimentos relatou que a Petrobras pode sofrer ainda mais em 2022, devido a uma possível interferência de Bolsonaro para a redução do preço da gasolina em busca de votos em uma tentativa de reeleição.

Porém, a corretora continuou com a recomendação de compra para petroleira devido ao alto pagamento de dividendos esperado para os próximos meses.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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