Greve

Combustíveis são prioridade dos caminheiros na greve marcada para novembro

21 out 2021, 12:18 - atualizado em 21 out 2021, 13:19
Viatura da Polícia Rodoviária Federal em posto de combustível na BR-040, em Valparaíso de Goiás, durante protesto de caminhoneiros
Valor do salário mínimo pago no país não acompanha os constantes aumentos dos combustíveis, defende liderança no movimento grevista de caminhoneiros marcado para o dia 1° de novembro (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

A greve de caminhoneiros convocada para o dia 1° de novembro, além de manter as reinvindicações dos atos no início do ano, traz como prioridade os elevados preços dos combustíveis pagos no Brasil, afirma José Stingasci, presidente da Associação Nacional de transporte no Brasil (ANTB) nesta quinta-feira (21) ao Money Times.

“Defendemos as mesmas pautas da categoria nos atos de fevereiro deste ano, como o cumprimento do valor mínimo do frete rodoviário, a aposentadoria especial para a categoria (aos 25 anos de trabalho) e a mudança na política de preços da Petrobras (PETR4)”, explica Stingasci, que também é membro do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).

Devido à elevada dependência do Brasil ao transporte rodoviário, tanto caminheiros, quanto a sociedade em geral, são sensíveis aos aumentos dos combustíveis, influenciados pela alta do petróleo tipo Brent no mercado internacional. Para piorar, o barril é cotado em dólar e, portanto, sofre com a alta da moeda americana nos últimos tempos.

Impacto em toda a cadeia

Para Stingasci, o valor do salário mínimo pago no país não acompanha os constantes aumentos da gasolina e do diesel, que acabam por encarecer toda a cadeia.

Por volta do meio-dia, o dólar spot (ou à vista) subia 0,69%, a 5,6364 reais. Mais cedo, os juros futuros tinham forte aumento nos prêmios, com o DI janeiro 2025 voando 45 pontos-base, a 11,35% ao ano, após ganhar mais de 60 pontos-base no pior momento.

No pior cenário possível, o Instituto Fiscal Independente (IFI) considera que o dólar pode bater em R$ 5,92 no ano que vem, conforme relatório de outubro.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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