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Commodities agrícolas seguem em tendência de alta, pressionando indústria de alimentos

26 set 2021, 19:00 - atualizado em 23 set 2021, 13:49
Soja
O impacto dos preços elevados das commodities é alto, uma vez que as matérias-primas agropecuárias e as embalagens respondem, em média, por mais de 60% do custo de produção industrial (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O aumento das principais commodities agrícolas utilizadas na indústria de alimentos variou de 18% a 74%, de agosto de 2020 ao mês passado, o que para o consumidor final, pode representar em média alta 20%, segundo estimativas.

Milho, óleo de soja e café robusta subiram 74%, 67% e 63%, respectivamente, no período, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

O açúcar e a soja tiveram alta de 58% e 37%, o trigo onerou em 35% e o leite encareceu 21%, ainda de acordo com o levantamento.

O impacto é alto, uma vez que as matérias-primas agropecuárias e as embalagens respondem, em média, por mais de 60% do custo de produção industrial.

O presidente executivo da ABIA, João Dornellas, explica que o milho, vendido a R$ 1.644 a tonelada em agosto (R$ 97,50 a saca de 60 kg), teve a maior variação (74%), entre outros motivos, pela oferta restrita no mercado interno e no mundo.

“A redução de 25% da produção da segunda safra, devido ao clima menos favorável, contribuiu para diminuir o ritmo de comercialização do grão no mercado interno”, afirma.

Os preços internacionais da commodity permanecem pressionados pelas projeções de uma produção inferior ao consumo, com redução proporcional dos estoques para o ano e a demanda em crescimento da China.

“A indústria não tem capacidade de absorver 100% dos custos, que acabam se desdobrando no preço final dos alimentos”, esclarece Dornellas, que defende uma alíquota reduzida para alimentos.

O dirigente cita um levantamento da Fipe, segundo o qual a média da carga tributária sobre os alimentos no Brasil é de 23%, uma das mais altas do planeta, e para os produtos da cesta básica a carga média de tributos é de 9,8%.

O valor atual da cesta básica praticado em algumas capitais consome quase 60% do salário-mínimo, pior proporção em 15 anos.

Entrevista: como investir em agro em 2021?

Money Times conversou com Jojo Waschmann, CIO da Vitreo, para entender qual é a melhor maneira de investir em um setor que não para de crescer no Brasil: o agronegócio.

Com grande destaque no país, muitos se perguntam como é possível ganhar dinheiro com commodities agrícolas, sem ter que colocar as próprias mãos na terra.

Sabendo disso, a gestora está lançando o Vitreo Agro, com administração do BTG Pactual, que é o primeiro fundo multimercado de agronegócio do Brasil. Nele, o valor mínimo de investimentos é de R$ 100.

De acordo com Waschmann, a taxa de administração do fundo é de apenas 0,9%, ou seja, a cada R$ 1 mil investidos, você paga apenas R$ 9.

E a taxa de performance é de 10% sobre o resultado positivo que exceder 100% do CDI, o seu benchmark.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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