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Commodities: temporada de resultados do 3º trimestre não será das mineradoras

08 out 2021, 15:58 - atualizado em 08 out 2021, 16:23
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Segundo o Credit Suisse, as siderúrgicas devem entregar os números mais fortes do setor de materiais básicos na temporada de resultados do terceiro trimestre (Imagem: Pixabay/Free-Photos)

Na temporada de resultados do terceiro trimestre de 2021, as mineradoras não serão o destaque positivo. Segundo o Credit Suisse, as siderúrgicas devem entregar os números mais fortes do setor de materiais básicos, com Gerdau (GGBR4) reportando aumentos sequenciais no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), puxados pela performance na América do Norte.

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“Esperamos ver os produtores brasileiros de aços planos reportando receitas líquidas por tonelada crescentes no mercado doméstico no terceiro trimestre de 2021 (Usiminas [USIM5] +9% trimestre a trimestre; CSN [CSNA3] +11% trimestre a trimestre), enquanto Gerdau deve divulgar receitas líquidas por toneladas estáveis no Brasil”, avaliou Caio Ribeiro, analista do banco, em relatório divulgado nesta sexta-feira.

Na base consolidada, o Credit Suisse projeta queda trimestral de 38% e 11% no Ebitda de CSN e Usiminas, respectivamente, por pressão da divisão de mineração.

Queda do minério de ferro

A forte correção nos preços do minério de ferro (queda de US$ 38/tonelada na média dos valores) resultará em resultados mais fracos para Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3) em comparação com o segundo trimestre.

Enquanto para Vale a expectativa é de crescimento de 4% em embarques de minério (totalizando 77,6 milhões de toneladas), a estimativa para a CSN Mineração é de queda de 9%, para 8,3 milhões de toneladas.

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“No geral, vemos Vale entregando um Ebitda de US$ 7,2 bilhões (-36% trimestre a trimestre) e CSN Mineração R$ 1,95 bilhão (-62% trimestre a trimestre)”, afirmaram os analistas.

E o setor de papel e celulose?

Em relação aos produtores de celulose, o Credit Suisse espera ver números ligeiramente maiores nos preços, apesar da pressão com o aumento dos custos. Mesmo com os valores caindo na China, os preços da celulose na Europa continuaram subindo e permaneceram em níveis elevados no terceiro trimestre.

No caso da Klabin (KLBN11), a alta nos preços deve levar a uma melhora sequencial no Ebitda consolidado (+3% trimestre a trimestre, a R$ 1,85 bilhão). Para Irani (RANI3), a estimativa é de crescimento de 11% no Ebitda no comparativo trimestral.

A Dexco (DXCO3) deve continuar aproveitando uma demanda saudável e se beneficiará do anúncio de diversas altas de preços para todas as suas linhas de produtos. Dessa forma, a expectativa é de resultados mais fortes no terceiro trimestre.

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Dentro desse contexto, o Credit Suisse prefere exposição a Gerdau, Dexco e Klabin.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.