Comprar ou vender?

Como a Copasa (CSMG3) e Cemig (CMIG4) podem cair no colo do Lula? Entenda

21 nov 2023, 17:04 - atualizado em 22 nov 2023, 20:48
Uma federalização exigiria a aprovação de um projeto de lei ordinário na Assembleia Legislativa de Minas e de um projeto de lei ordinário no Congresso

Copasa (CSMG3) e Cemig (CMIG4), duas empresas estatais controladas pelo governo de Minas Gerais, podem entrar em uma negociação para abater a dívida do estado com a União, informa a Folha de S. Paulo.

A negociação estaria ocorrendo entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o Governo Federal, por meio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Em comentário enviado a cliente, o Itaú BBA avalia a notícia como muito negativa para ambas as empresas, apesar de classificar o processo como difícil de ser executado. A corretora realizou uma teleconferência com o consultor jurídico Rafael Favetti para entender melhor os trâmites.

“Na opinião de Favetti, esta discussão ainda está em seus estágios iniciais e há vários desafios que teriam que ser superados para que a federalização avance”, explica.

Ele lembra que uma federalização exigiria a aprovação de um projeto de lei ordinário na Assembleia Legislativa de Minas e de um projeto de lei ordinário no Congresso.

“Vemos uma potencial federalização como muito negativa para Cemig e Copasa, pois provavelmente resultaria em uma mudança na equipe de gestão e nos planos estratégicos dessas empresas”, vê o BBA.

Segundo a corretora, as empresas possuem uma equipe de gestão ótima, que tem conseguido implementar
mudanças para melhorar a eficiência, apesar das restrições de serem estatais.

No caso da Cemig, lembra, a empresa também vendeu ativos não essenciais e tem sido muito responsável na alocação de capital.

“Dado o caminho desafiador da federalização, não entraríamos em pânico com esta notícia. Contudo, não compraríamos a Cemig devido à fraqueza de hoje, pois poderá haver mais fluxo de notícias políticas negativas nas próximas semanas”, completa.

Copasa negociava em alta de 0,21%, a R$ 18,79, enquanto a Cemig caia 2,23% por volta das 17h.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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