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Coluna do Cadu Guerra

Como a diversificação pode estar matando a rentabilidade da sua carteira

03 maio 2022, 15:31 - atualizado em 03 maio 2022, 15:31
Diversificação, Ibovespa, Carteira Recomendada
Tome cuidado: diversificação pode mais atrapalhar do que ajudar os seus investimentos. Confira a coluna do Cadu Guerra para entender isso. (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Quando falamos sobre investimentos, uma das palavras preferidas dos gurus é “diversificar”, mas a verdade é que, quando feita da maneira errada, a diversificação mais atrapalha sua carteira do que ajuda. Vamos entrar um pouco melhor nisso.

Na hora de montar uma carteira de investimentos, o ideal é otimizar seu resultado levando em consideração o risco que você está disposto a correr, a rentabilidade que você deseja ter e o tempo que você quer investir para achar achar o ponto de equilíbrio entre estes três tópicos.

O principal ponto da diversificação é muito claro: mitigar risco. Mas se feita do jeito errado, a diversificação vai mitigar também seus ganhos. Aqui está uma quebra de dois conceitos fundamentais para entender essa análise: o risco sistêmico e o risco não-sistêmico.

O risco sistêmico é aquele que afeta (quase) todos os ativos. Ele é geralmente atrelado a riscos macroeconômicos, como o clássico Risco Brasil, a incerteza de estar empreendendo no país. Outros exemplos são a inflação, crises econômicas ou até pandemias, como a do Covid 19.

Já o risco não-sistêmico, é um risco inerente ao setor ou ao ativo. Coisas específicas, como um período de secas afeta a produção de determinado alimento, a alta dos combustíveis, a escassez no mercado de uma matéria-prima específica, e vários outros fatores que podem se desencadear prejudicando toda a cadeia.

Até aí tudo certo, entendi a diferença dos dois riscos, e o que isso significa?

Basicamente existe um limite onde você pode reduzir seu risco. É impossível mitigar 100% o risco dos seus investimentos, porque você sempre estará sujeito a riscos sistêmicos.

Mas e o que isso tem a ver com diversificação?

Quando você foca apenas na diversificação por acreditar que mais diversificação significa mais segurança para sua carteira, você acaba pulverizando seu patrimônio e também seus ganhos.

O gráfico abaixo mostra bem a relação entre risco e diversificação:

E o que podemos concluir com isso?

É importante saber o porquê você vai diversificar e quando colocar mais um ativo entre as suas escolhas e ter a clareza de como você vai acompanhá-lo. Caso contrário, você está só jogando contra sua carteira.

Naval Ravikant, fundador da Angel List e um dos gurus do Vale do Silício, famosamente disse que:

“Quanto mais você sabe, menos você diversifica.”

Esse modelo se mostra verdadeiro em várias situações. Uma vez que a melhor estratégia de investimentos é uma altamente concentrada em algo que você está certo.

Parece utópico, né? E na maioria das vezes é de fato. Por que ninguém é capaz de prever com 100% de certeza os movimentos do mercado no futuro.

Então, nos contentamos com a segunda melhor alternativa. Uma carteira diversificada o suficiente para mitigar a nossa exposição aos riscos e com um ótimo prêmio de risco (é claro que a definição de “ótimo”, nesse caso, varia de investidor para investidor.)

Outra forma de conseguir um bom retorno é diversificando em classes de ativos, mas isso é assunto para outro dia.

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Como preparar sua carteira para 2022?

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Minibiografia: Cadu Guerra é CEO do Allugator, maior plataforma de assinatura de aparelhos eletrônicos da América Latina.
cadu.guerra@moneytimes.com.br
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