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Como anda a pauta ESG das empresas do setor de educação?

21 jan 2021, 13:49 - atualizado em 21 jan 2021, 13:49
Unopar, Kroton, Cogna
O BTG Pactual destacou a força de atuação da Cogna na esfera social (Imagem: YouTube/Kroton)

As crescentes discussões sobre as práticas ESG estão mudando a maneira como empresas de educação têm se apresentado para o mercado. Cogna (COGN3), Ânima Educação (ANIM3) e Yduqs (YDUQ3), por exemplo, já perceberam a importância de compartilhar com os investidores seus últimos esforços realizados nas áreas ambiental, social e de governança corporativa.

Por outro lado, existem nomes no setor que estão ficando para trás quando o assunto é sustentabilidade – não só comparados aos pares, mas também em relação a companhias de diferentes áreas de atuação.

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou na terça feira um relatório em que mapeia a abordagem ESG das empresas dos setores educacional e de saúde. Dentre as ações que fazem parte da cobertura do banco, quatro tiveram destaque – e nenhuma delas é de educação.

Ainda assim, o ritmo de desenvolvimento sustentável de algumas é melhor do que de outras. A Cogna, assim como a Ânima e a Yduqs, divulgam anualmente um relatório de sustentabilidade, oferecendo mais clareza sobre o impacto de suas ações no meio ambiente e na sociedade.

Cogna

A Cogna é uma das empresas listadas no Novo Mercado. Seu conselho de administração é formado por seis membros, dos quais três são independentes e uma é mulher. Na alta administração, apenas uma mulher integra a equipe de nove executivos.

A atuação da companhia na esfera social é forte. Mais de 7,9 mil estudantes de 23 escolas em Brumadinho (MG) foram beneficiados desde a tragédia de 2019 com um sistema de suporte educacional e programas de treinamento. Além disso, a Cogna já doou mais de 8,5 mil livros infantis e possui o projeto de voluntariado Anjos do Sigma há mais de dez anos.

Ânima

A Ânima também é listada no Novo Mercado e não possui sobreposição de executivos no conselho, que é formado por sete membros (quatro deles são independentes e uma é mulher). Dos quatro executivos da alta administração, apenas uma é mulher.

Na ala social, a empresa atua em dois projetos: Escolinha Futura Geração e Clínica Integrada de Atenção à Saúde. Este último é um programa que oferece serviços de saúde gratuitos a comunidades carentes, estudantes e funcionários da companhia.

Na pandemia, a Ânima foi uma das defensoras do movimento “Não Demita”.

Yduqs

Estácio - Yduqs
A Yduqs conta com a presença de duas mulheres entre os dez executivos que compõem a alta administração (Imagem: YouTube/Estácio)

Também listada no Novo Mercado, a Yduqs não possui executivos no conselho. O colegiado é formado por nove membros, todos independentes. A companhia conta com a presença de duas mulheres entre os dez executivos que compõem a alta administração.

No âmbito social, a Yduqs trabalha para promover diversas iniciativas culturais e já ofereceu bolsa de estudo para 500 atletas. Durante o período da Covid-19, a empresa desenvolveu um programa voluntário para dar suporte a estudantes em situações de vulnerabilidade. O Estácio com Você e o Wyden com Você beneficiaram 31 mil alunos.

Pontos para melhorar

Para alcançar os pares, a Ser Educacional (SEER3) precisa melhorar alguns pontos ESG. A companhia tem sobreposição no conselho, que é formado por seis membros, sendo três independentes (todos homens). Na administração, dos cinco executivos que compõem o time, apenas uma é mulher.

No entanto, o BTG reconheceu a atuação da empresa na sociedade. A Ser já criou projetos para ajudar pessoas com deficiência, ofereceu mais de 250 bolsas de estudo para mães de crianças com doenças raras e beneficiou mais de 50 mil pessoas ao oferecer minicursos.

Na pandemia, a Ser fez doação de comida, suprimentos médicos e APIs.

O BTG também citou a Vitru (VTRU) e a Arco Educação (ARCE), que precisam trabalhar em alguns de seus aspectos ESG.

No relatório, o banco indicou a compra da ação da Ânima. Às demais, a recomendação é neutra.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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