Coluna da Ana Paula Debiazi

Como as startups devem se preparar para momentos de crises?

05 jan 2024, 16:14 - atualizado em 05 jan 2024, 16:14
startup crises
Para as startups, a resiliência se torna ferramenta crucial, permitindo que enfrentem as crises e transformem obstáculos em oportunidades. (Imagem: Agência Sebrae)

Os ciclos econômicos se referem às flutuações recorrentes das atividades de uma nação ao longo do tempo. São caracterizados por períodos de expansão, quando a produção e o emprego aumentam, seguidos por contrações, no momento em que o movimento diminui.

Essas oscilações são influenciadas por uma variedade de fatores, incluindo políticas governamentais, mudanças nas taxas de juros, investimentos, inovações tecnológicas, eventos geopolíticos e outros elementos que impactam as demandas e ofertas agregadas.

É importante notar ainda que os ciclos econômicos não seguem uma regularidade previsível em termos de duração ou intensidade.

Além disso, fatores externos imprevisíveis podem influenciar sua trajetória. Mas, se por um lado crises econômicas representam desafios significativos, por outro, oferecem terreno fértil para a inovação e o crescimento empreendedor.

O segredo das startups que sobrevivem às crises

Para as startups, a resiliência se torna ferramenta crucial, permitindo que enfrentem as adversidades e transformem obstáculos em oportunidades.

A pandemia, por exemplo, acelerou a adoção da tecnologia e impulsionou a transformação digital em várias indústrias.

Portanto, em períodos turbulentos, as necessidades do mercado podem mudar rapidamente. Nesse sentido, as empresas nascentes devem identificar lacunas no setor de atuação, ajustando seus produtos ou serviços para atenderem às novas demandas. Adaptação ágil e inovação direcionada são as chaves para o sucesso.

Startups que também aproveitam tecnologias emergentes, como inteligência artificial, blockchain e automação, podem ganhar vantagem competitiva, melhorar a eficiência operacional e oferecer soluções de destaque.

Outras dicas que têm o poder de favorecer a ascensão em meio às crises incluem:

  • buscar parcerias estratégicas com outras empresas, organizações governamentais ou instituições financeiras;
  • manter o foco no cliente, entendendo suas preocupações e necessidades;
  • ser flexível, revisando e adaptando o modelo de negócio conforme necessário;
  • privilegiar o gerenciamento eficiente de recursos, a fim de otimizar processos operacionais e reduzir custos não essenciais;
  • visar à diversificação de produtos, serviços e mercados para promover uma rede de segurança e evitar impactos em setores específicos;
  • e, por fim, manter uma reserva de caixa robusta para garantir a estabilidade financeira em momentos de receitas reduzidas.

Dessa maneira, em vez de serem vistas apenas como obstáculos, as crises econômicas podem ser encaradas como catalisadoras para a inovação e o crescimento. Startups que adotam uma mentalidade resiliente mantêm o olhar atento às mudanças no mercado e respondem com agilidade. Assim, seguem bem-posicionadas não apenas para sobreviver, mas também para prosperarem e emergirem mais fortes do que nunca.

Ao transformar desafios em oportunidades, essas empresas conseguem moldar o futuro dos negócios e demonstrar a verdadeira essência do empreendedorismo.

Economista e CEO da Leonora Ventures. Graduada em Economia pela UFMS com pós-graduação em Administração de empresas pela FGV, Especialista em Controladoria e Finanças pela FGV e MBA em Gestão de Negócios pela USP. Ana acumula mais de 15 anos de experiência em cargos de gestão, passando por grandes empresas de diversos setores. A executiva aborda temas como: investimentos em startups, investimento em inovação aberta, logística, varejo, gestão, entre outros.
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Economista e CEO da Leonora Ventures. Graduada em Economia pela UFMS com pós-graduação em Administração de empresas pela FGV, Especialista em Controladoria e Finanças pela FGV e MBA em Gestão de Negócios pela USP. Ana acumula mais de 15 anos de experiência em cargos de gestão, passando por grandes empresas de diversos setores. A executiva aborda temas como: investimentos em startups, investimento em inovação aberta, logística, varejo, gestão, entre outros.
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