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Como “bitcoiners” estão ajudando El Salvador com sua “lei bitcoin”

26 jun 2021, 11:00 - atualizado em 23 jun 2021, 15:45
Peter McCormack (à esquerda) foi a primeira pessoa a entrevistar o presidente Salvadorenho Nayib Bukele (à direita) após a aprovação da nova “lei bitcoin” (Imagem: YouTube/WhatBitcoinDid)

Em menos de três meses, El Salvador se tornará o primeiro país a declarar o bitcoin (BTC) como moeda corrente.

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Para ajudar a implementar essa decisão polêmica, muitos defensores e maximalistas do bitcoin (ou “bitcoiners”) visitaram o país, noticia o Decrypt.

Peter McCormack, podcaster britânico de cripto do “What Bitcoin Did”, viajou para El Salvador para documentar a nova “lei bitcoin”. Ele foi convidado por Jack Mallers, da Strike, para gravar um filme sobre a iniciativa.

Strike está testando uma tecnologia de pagamentos que reduz custos para emigrantes salvadorenhos que enviam dinheiro para seus familiares.

Remessas digitais totalizam até 20% do PIB do país, então Strike pode levar essa novidade para El Salvador e para os demais países latino-americanos.

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McCormack é um grande nome da indústria cripto por tentar criar diálogo entre os avessos ao mundo das criptomoedas. Essa semana, ele tuitou que estava travando uma “guerra para a narrativa do Bitcoin”. 

“Não é um exercício de relações públicos. Esse sou eu. Essa tem de ser minha versão da história”, disse ele ao Decrypt.

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Em outro tuíte, McCormack havia afirmado:

Falei com um membro do Parlamento Britânico esta manhã sobre como podemos pressionar o governo a apoiar a liberdade econômica do bitcoin. Me disseram que existe pouco ou praticamente nenhum interesse do Tesouro. Talvez eu deva me mudar para El Salvador.

Ele é a favor da “lei bitcoin”:

Acredito que seja uma decisão inteligente. Acho que entendo o que fizeram. Não estou aqui para debater se devem ou não forçar as pessoas [a usarem o bitcoin] — isso é decisão dele. Só apoio mais a ideia de que mais bitcoins vão chegar até o bolso das pessoas em El Salvador.

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McCormack também foi o primeiro a entrevistar Nayib Bukele, o presidente salvadorenho, sobre sua “lei bitcoin”. Ele alertou o presidente sobre possíveis fraudadores que podem querer “fazer negócio” e apresentar criptomoedas que não valem nada.

Após a entrevista, McCormack tuitou:

Comecei um podcast para me divertir e acabei entrevistando um presidente. Nada disso faz sentido algum.

Justin Newton, da Netki, também viajou para El Salvador.

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Brock Pierce, ex-cofundador da Block.One, conseguiu juntar uma “delegação oficial de embaixadores do Bitcoin” com autoridades salvadorenhas e Newton estava entre os participantes de uma discussão sobre a nova lei do país.

A ideia de Newton é ajudar a implementação do bitcoin em El Salvador, que já é sofre com a lavagem de dinheiro:

Eu quis ir para lá e ver onde Netki e eu poderíamos ajudar o país de El Salvador.

A previsão é que, em setembro, todos os comércios passem a aceitar bitcoin. O banco de desenvolvimento do país terá um fundo de US$ 150 milhões para ajudar empresas e bancos que não quiserem ter posse desses bitcoins quando receberem pagamentos.

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Netwon disse que as autoridades estavam interessadas em entender como evitar que o bitcoin seja utilizado por agentes criminosos. Porém, os bitcoiners tentaram garantir que o governo não aplicasse uma supervisão rigorosa pois, assim, “não haveria por que usar o bitcoin”.

É difícil encontrar um balanço em El Salvador, dado o nível de dinheiro sujo que passa pela economia, segundo Julia Yansura, especialista do Global Financial Integrity:

[El Salvador] ainda não descobriu como manter o dinheiro advindo do tráfico de drogas fora de seus sistema bancário e de seus portos. Eu não acredito que tenha ideia de como mantê-lo longe do bitcoin.

Newton acredita que a lei criará novas oportunidades para empresas cripto, mas pode ter suas desvantagens:

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Se [a implementação] for bem-sucedida, outros farão o mesmo. Se der errado, dará munição àqueles que estão resistentes ao bitcoin a diminuir ou interromper o futuro progresso.

Ray Youssef, CEO da corretora de ponto a ponto Paxful, visitou “El Zonte”, também conhecida como “a Praia do Bitcoin”, onde a criptomoeda é amplamente aceita desde 2019:

A agitação local na Praia do Bitcoin é exatamente como o bitcoin se espalha pelo continente africano e nós, na Paxful, queremos dar mais incentivo a eles.

Decrypt menciona que o volume da Paxful duplicou desde o início de 2020, conforme o interesse na Argentina, na Índia e no Quênia cresceu. Segundo Youssef:

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Estamos dedicados em tornar o experimento em El Salvador em um tremendo sucesso, pois é a porta para a adesão em muitos países africanos.

Mesmo com o mercado de bitcoin em queda e sem ajuda do Banco Mundial na implementação, os bitcoiners podem ser importantes no sucesso da nova “lei bitcoin” de El Salvador.

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