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Como funcionam as transações na rede blockchain?

05 mar 2021, 13:00 - atualizado em 03 mar 2021, 9:49
Neste artigo da série “Bê-a-bá Cripto”, você vai entender como funcionam as transações em blockchain (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

Neste artigo da série “Bê-a-bá Cripto”, você vai entender como funcionam as transações em blockchain. Porém, para isso, vamos relembrar a definição desse termo.

O blockchain é uma rede que faz uso de uma tecnologia chamada “tecnologia de registro distribuído” ou “tecnologia distribuída de livro-razão” (do inglês Distributed Ledger Technology, DLT).

Essa serve para transmitir informações no blockchain sem a necessidade de intermediários, o que garante velocidade de processamento e redução de custos.

Saiba mais sobre blockchains aqui.

Fora do mundo digital, as trocas de valores, serviços e bens são feitas ao entregar dinheiro, objetos, entre outros, em mãos. Já dentro do mundo digital, mais precisamente no de blockchain, essa troca tem mais algumas etapas, que serão apresentadas neste artigo assim como a diferença entre chaves públicas e privadas.

Etapas de cada transação

O blockchain garante segurança nas transações, evitando que haja qualquer tipo de fraude no sistema (Imagem: Freepik/stories)

O envio de criptomoedas por meio da rede blockchain envolve diversas etapas, como:

– Ter as chaves: primeiro, o usuário precisa da chave pública do destinatário (seja ele uma empresa ou pessoa física) da transação, a qual pode ser tanto de criptomoedas quanto de tokens.

– Fazer um pedido na rede: o usuário informa ao sistema que deseja realizar uma transação e faz isso por meio do software usado pela rede. A maneira mais simples de se fazer é utilizando uma carteira digital cripto.

– Conferir o registro: para garantir que o usuário possui saldo suficiente para fazer uma nova transação, os nós do sistema conferem os registros de transferências do remetente na rede blockchain.

– Realizar o registro: assim que a transação é confirmada pelo blockchain, ela fica registrada no bloco de transferências, para ser verificada pelos nós.

– Garantir a segurança: quando uma transação é confirmada, ela não pode ser desfeita nem alterada, pois, caso isso acontecesse, todas as transferências do bloco teriam de ser refeitas, gerando um certo estresse nos usuários. 

Chaves públicas e privadas

A Ledger é uma das principais fabricantes de carteiras de hardwares para garantir a segurança do fundo de investidores em cripto (Imagem: Ledger)

Antes de a transação ser feita, é preciso que o usuário tenha duas chaves, uma pública e outra privada. Elas são dependentes entre si e são compostas por uma longa sequência de números aleatórios, em torno de 64 dígitos cada.

Tanto para o envio quanto para o recebimento de valores na rede, o usuário precisa de ambas as chaves.

A rede reconhece que as chaves pública e privada do usuário são conectadas sem precisar saber qual delas é a privada. 

A chave pública é aquela que é compartilhada com o remetente ou o destinatário da transferência, ou ainda com quantas pessoas o usuário quiser.

Já a chave privada deve ser conhecida e usada somente pelo usuário, visto que ela é conectada à chave pública por meio de criptografia e serve também como uma assinatura digital na transação. 

Ambas as chaves são necessárias para o usuário acessar as informações enviadas a ele.

Um exemplo elaborado pelo Decrypt ilustra melhor como essas chaves funcionam: 

Imagine uma caixa, cujo um dos compartimentos pode ser aberto pela sua chave pública. Alguém coloca um valor ali dentro e fecha a caixa. Uma vez fechado o compartimento, aquele valor cai dentro de um outro que só pode ser aberto com a sua chave privada.

Porém, há somente uma chave privada para esse compartimento. Se você perdê-la, não há outro modo de pegar esse valor. Por sorte, algumas carteiras digitais cripto têm um recurso de backup que pode ser usado quando se perde a chave privada.

Clique aqui para saber mais sobre carteiras digitais cripto.

Carteiras digitais cripto

As carteiras digitais cripto se parecem com um software ou aplicativo, em que os usuários podem acessar suas chaves pública e privada (Imagem: Freepik/upklyak)

Diferentemente das carteiras tradicionais, em que se guarda dinheiro, cartões e documentos, as carteiras digitais cripto não guardam dinheiro e nem são colocadas em bolsos. Essas se parecem mais com um software ou um aplicativo, em que o usuário pode acessar as suas próprias chaves.

Além disso, as carteiras digitais cripto podem dar início ao processo de enviar ou receber criptomoedas. Elas também podem ser armazenadas em áreas de trabalho de computadores, em notebooks ou em celulares.

Apesar de estarmos falando dos processos que fazem parte das movimentações na rede blockchain, essas transações podem ser usadas com diferentes objetivos, como por exemplo: contratos, registros (seja certidão de nascimento ou escrituras de propriedades), filmes, músicas e também obras de arte.

O modo diferenciado que as transações por blockchain podem ser feitas é promissor. Por não ser necessária uma instituição como mediadora das transferências, qualquer pessoa pode comprar ou vender bens e serviços por esse sistema, que também ficou conhecido como Sistema de Necessidade Mínima de Confiança  (“Trustless System”).

Você não acha isso revolucionário?

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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