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Como Marfrig, frigoríficos devem aproveitar ganho nos EUA agora, porque em 2022 pode ser menor

27 out 2021, 10:40 - atualizado em 27 out 2021, 12:57
Consumo Supermercado EUA
Consumo americano de carnes cresceu em 2021, mas pode haver leve redução em 2022 (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

As importações de carne bovina pelos Estados Unidos devem chegar acima de 1,4 milhão de toneladas em 2021, pouca coisa abaixo de 2020, porque a produção interna aumentou em cerca de 300 mil toneladas. As exportações, contudo, deverão se ampliar em 16%, para 1,5 milhão/t, e o consumo doméstico consolidará  expansão.

Os números do USDA, que se apoiam nos resultados até setembro, em crescimento regular desde janeiro, mostram que o quarto trimestre do ano deverá ser bom para os players frigoríficos brasileiros – e seus pares locais – presentes naquele mercado.

E talvez seja bom que se confirme mesmo, porque algumas projeções de entidades e consultorias dão conta que em 2022 todos os principais recortes do setor serão pouco menores.

A Marfrig (MRFG3), com seu balanço divulgado, viu os EUA entregarem os principais resultados no terceiro trimestre, sobretudo com a sua subsidiária local, a National Beef.

O Minerva Foods (BEEF3), que está em período de silêncio se preparando para apresentar seu desempenho de julho a setembro (em 4 de novembro), deverá ter dados positivos de suas exportações para lá, apesar de vendas menores das plantas argentinas cujo valor da carne é superior ao brasileiro.

O grupo é o que tem maior presença na América do Sul, com plantas habilitadas para aquele destino também no Uruguai e Colômbia.

Com JBS (JBSS3) se espera ainda musculatura maior do mercado americano em suas estatísticas trimestrais de negócios, que serão conhecidas dia 10 no próximo mês. Além de ser o maior produtor “americano” de carne bovina, também é franco exportador desde o Brasil.

2022

Com base nas séries estatísticas regulares do USDA – inclusive a evolução do plantel de gado em confinamento, em baixa -, o grupo de consultoria Beef2Live calcula uma perda de cerca de 9 mil toneladas nas importações do país no que vem.

Neste ano, por exemplo, os EUA se consolidaram como o segundo comprador de carne de boi do Brasil, até setembro, em 82,3 mil/, o dobro somado dos mesmos meses de 2021.

Em relação às exportações, o recuo está avaliado em 65 mil/t. Junto, uma pequena queda no consumo per capita da população.

No balanço de oferta, somando a produção doméstica e as importações previstas em 2022, a consultoria calcula em uma soma mais reduzida, na comparação com 2021, em cerca de 43 mil toneladas.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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