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Como saída da Shopee da Índia impacta as operações da empresa no Brasil

28 mar 2022, 16:34 - atualizado em 28 mar 2022, 16:35
Shopee China
Sea teria que injetar capital para apoiar a queima de caixa na Índia, diz banco. (Imagem: Shutterstock/shutter_o)

A saída da empresa de comércio eletrônico e jogos Sea, da Shopee, do mercado na Índia foi uma decisão correta e pode ter impacto sobre as operações da companhia no Brasil, disse o UBS em relatório desta segunda-feira (28).

Para o banco, a decisão segue em linha com o comentário da administração durante a divulgação de resultados, de que a empresa adotaria uma abordagem mais calibrada em relação a investimentos – especialmente em oportunidades internacionais.

O mercado brasileiro estaria entre as grandes oportunidades para a empresa, de acordo com o banco, em relatório assinado por Aakash Rawat e equipe. O UBS disse também que a saída da Índia elimina o potencial de alta queima de caixa.

A Sea teria que injetar capital para apoiar a queima de caixa na Índia, impactando sua capacidade de investir nos principais mercados – incluindo o  Brasil -, segundo o UBS.

A empresa estava em um mercado ultracompetitivo, com gigantes globais e locais – como Amazon, Flipkart e JioMart.

A Shopee disse em comunicado que sua retirada ocorreu “em vista das incertezas do mercado global” e que a empresa tornaria “o processo o mais suave possível”.

Os negócios da Shopee na Índia começaram em outubro de 2021 como parte de um impulso internacional agressivo. O valor de mercado da Sea na época era de US$ 200 bilhões. Desde então, caiu para US$ 64,76 bilhões.

Momento de comprar Shopee

O UBS segue com recomendação de compra para as ações da Sea, da Shopee, com preço-alvo de US$ 240, e diz ver oportunidades de crescimento especialmente no e-commerce e em serviços financeiros.

No início deste mês, Sea disse que o crescimento da receita de seus negócios de comércio eletrônico deve cair pela metade para cerca de 76% neste ano, ante 157% em 2021, à medida que mais países emergem da pandemia.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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