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Competição entre Ambev e Heineken no Brasil segue acirrada, diz XP

03 ago 2020, 18:01 - atualizado em 03 ago 2020, 18:01
Ambev Empresas
O UBS manteve a recomendação de venda da ação da Ambev (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A briga entre a Ambev (ABEV3) e a Heineken pelo mercado brasileiro segue acirrada, disse a XP Investimentos. Ambas as cervejarias recentemente reportaram seus balanços do segundo trimestre de 2020, comprovando mais uma vez que o setor foi severamente impactado pelas medidas de isolamento impostas para conter a pandemia de covid-19.

“Entendemos que a competição segue acirrada no Brasil. A Ambev reportou seu resultado na semana passada, com margens pressionadas conforme o esperado, mas registrou uma surpresa positiva no volume de Cerveja Brasil, que caiu apenas 1,6% no comparativo anual, versus as expectativas do mercado de -15%”, destacou Betina Roxo, analista de Alimentos e Bebidas da corretora.

Heineken
A receita líquida da Heineken caiu 16,4% no primeiro semestre, prejudicada pela intensificação das restrições relacionadas ao coronavírus no segundo trimestre (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

No caso da Heineken, a receita líquida caiu 16,4% no primeiro semestre, prejudicada pela intensificação das restrições relacionadas ao coronavírus no segundo trimestre. Apesar da queda no volume de vendas, a companhia destacou que os números começaram se recuperar gradualmente em junho. No Brasil, o volume de cerveja caiu um dígito baixo, conseguindo superar o mercado local.

Um longo caminho pela frente

A Ambev conseguiu surpreender a equipe de análise do UBS com seus resultados, mas não o suficiente para que a recomendação de venda e o preço-alvo de R$ 11 da ação fossem alterados.

De acordo com o banco, o coronavírus continuará pressionando os ganhos da empresa mesmo após a pandemia, principalmente sobre o segmento premium.

“O aumento de casos, a potencial retomada das medidas de isolamento social e a incerteza macro devem restringir a estabilização do lucro ao longo de 2021”, afirmou o UBS.

Os analistas revisaram as estimativas sobre a cervejaria. Agora, o lucro por ação (LPA) esperado é de R$ 0,47 e de R$ 0,72 para 2020 e 2021, respectivamente. As vendas líquidas devem crescer 3% e 5,3%, enquanto as margens Ebitda atingirão 33,6% e 39,5%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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