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Compound dá início à “revolução agrícola” do setor de finanças descentralizadas (DeFi)

19 jun 2020, 14:00 - atualizado em 19 jun 2020, 14:01
Após meses de pesquisa sobre a descentralização de seu protocolo, Compound mostrou ao que veio: em poucos dias, se tornou um dos principais protocolos do setor cripto, atrás apenas da MakerDAO (Imagem: Crypto Times)

O protocolo descentralizado de empréstimos Compound abalou positivamente o mercado cripto esta semana quando começou a distribuir seu token nativo COMP para usuários de seu protocolo.

Após a listagem, COMP estava sendo negociado a US$ 16 e, desde então, disparou para US$ 230, resultando em uma corrida maluca para tomar ativos emprestados, bem como emprestá-los para ganhar o token nativo de governança.

Dizer que essa campanha de mineração de liquidez foi um sucesso seria um eufemismo. Os fundos totais bloqueados na Compound aumentaram de US$ 100 milhões para quase US$ 400 milhões em menos de uma semana.

(Imagem: DeFi Pulse)

Isso não deve ser surpreendente quando você observa os rendimentos gerados de inúmeros esquemas criados apenas para maximizar o token COMP. Um vídeo explica um dos métodos mais populares usando uma ferramenta criada pela InstaDapp.

Desde a publicação do vídeo, o preço aumentou em quatro vezes.

Esse conceito é conhecido como mineração de liquidez e envolve a distribuição de tokens nativos para aqueles que fornecem serviços essenciais à rede.

Ouça a edição mais recente do podcast Crypto Storm sobre DeFi

Synthetix apresentou um mecanismo parecido em 2019, que fez com que um projeto de finanças descentralizadas (DeFi), antes pouco conhecido, se tornasse um dos maiores em valor total bloqueado.

No caso da Compound, 42% do fornecimento total de tokens será distribuído durante quatro anos para os que concedem ou tomam empréstimos na plataforma. Agora, o protocolo, anteriormente carente de um token, vale mais do que o restante do setor DeFi

https://twitter.com/ceterispar1bus/status/1273944858542182402?s=20

Embora a Compound não tenha sido a primeira a fazer isso, eles foram os que mais chamaram a atenção. Existem alguns impactos óbvios ao protocolo mas, esta semana, o frenesi será um momento decisivo para todo o setor DeFi.

Após a bolha das ICOs em 2017, houve um período em que a coisa “certa” a se fazer era eliminar um token do seu protocolo. Esse não é mais o caso.

Pode não parecer uma venda de tokens, mas não se engane: capitalistas de risco que compram ações na Compound o fizeram com a intenção de receber uma alocação de tokens. Esse dinheiro foi usado para financiar o desenvolvimento e, em troca, receberam sua parte dos tokens.

a16z: US$ 79 milhões;
Polychain Capital: US$ 75 milhões;
Paradigm: US$ 26 milhões;
Dragonfly Capital: US$ 7,3 milhões.

Também não foi consequência da venda de tokens. Na verdade, foi exatamente o contrário. É um testamento de sucesso do financiamento de uma equipe excelente que criou um produto valioso e conseguiu dar um passo em direção à descentralização gradual.

O que importa é que a Compound agora pavimentou o caminho para o futuro das finanças descentralizadas.

As equipes não vão mais evitar o caminho da tokenização enquanto veem seus adversários o destruírem. Investidores irão exigir que suas participações acionárias se tornem alocações de tokens.

Por último, mas não menos importante, o pool crescente de capital no setor DeFi, com seus “fazendeiros” famintos por rendimento, irá revirar o terreno para encontrar projetos que incentivem, de maneira adequada, sua preciosa liquidez.

Nesta semana maluca, a Compound não apenas disparou rumo à liderança, como também deu início à nova “Revolução Agrícola”.

Agora, o protocolo Compound está atrás apenas da MakerDAO, a maior plataforma de empréstimos do setor DeFi (Imagem: DeFi Pulse)

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messari@moneytimes.com.br
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