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Compra da Oi elevaria em 25% potencial de alta das ações da TIM

12 fev 2020, 9:20 - atualizado em 12 fev 2020, 9:20
Loja da TIM TIMP3
Próximo salto: assumir a área de telefonia móvel da Oi criaria mais valor para a TIM (Imagem: Facebook/TIM)

Os primeiros relatórios sobre o balanço do quarto trimestre da TIM Participações (TIMP3), divulgados nesta manhã de quarta-feira (12), são positivos. No geral, há elogios à melhoria das margens, ao investimento no mercado de pós-pagos etc. Mas, analista que é analista está pensando no próximo gatilho para disparar o valor da TIM.

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E é cada vez mais óbvio, para o mercado, que o próximo grande movimento das ações seria a aquisição da área de telefonia móvel da Oi (OIBR3).

O BTG Pactual, por exemplo, estima que as sinergias geradas pelo negócio alcançariam R$ 13 bilhões, assumindo-se as notícias veiculadas recentemente de que a Oi pode ser dividida entre a TIM, que ficaria com 70%, e a Vivo (30%).

Geração de valor

Essas sinergias representariam um valor adicional de R$ 5,5 por ação. Como o atual preço-alvo do BTG para as ordinárias da TIM (TIMP3) é de R$ 22, na prática, a compra da Oi acrescentaria mais 25% ao potencial de alta dos papéis.

Assinado pelos analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, o relatório do BTG Pactual acrescenta que, “apesar dos resultados operacionais permanecerem sólidos, acreditamos que incrementos adicionais gerados pelos ganhos de eficiência ainda podem ser incorporados.

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A maior parte do upside adicional viria de uma potencial fusão/aquisição envolvendo a área móvel da Oi”.

Outros indicadores da operadora mostram fôlego para assumir um negócio desse tamanho – lembre-se de que a venda da Oi é avaliada em R$ 15 bilhões pelo mercado. O BTG destaca, por exemplo, que a TIM registrou a maior margem de ebitda de sua história no quarto trimestre (42,9%).

Os custos operacionais caíram 0,7% nos 12 meses encerrados em dezembro, a despeito de uma inflação de 4,3% no período. Mesmo sem nenhuma negociação concreta à vista, o BTG Pactual reforça sua recomendação de compra das ações da TIM.

Favorita

O Credit Suisse também divulgou um relatório favorável à companhia, assinado pelos analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba. O banco ressalta o avanço da receita gerada por usuário, decorrente da maior participação de clientes pós-pagos na base da operadora.

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Na prateleira: Oi já admitiu que pode vender a área de telefonia móvel (Imagem: Divulgação/Oi/Facebook)

Os analistas do Credit também elogiaram o forte corte de custos, e observaram que a TIM é sua top pick (isto é, sua preferida) para o setor de telecomunicações brasileiro.

Boa parte do relatório do Credit concentra-se no que a TIM ainda pode extrair de sua operação. “Esperamos que o momento operacional continue a melhorar, e a TIM se destaque dos pares, à luz da maior exposição ao segmento de telefonia móvel”, dizem os analistas.

Mas, ainda que não mencione explicitamente uma eventual aquisição da Oi, o Credit faz menção ao impacto positivo que o negócio traria para a TIM. “Por último, uma participação ativa no processo de consolidação do mercado móvel continua como um importante fator de upside (valorização) para a TIM”, diz.

O preço-alvo calculado pelo Credit é de R$ 20, com recomendação de outperform, isto é, desempenho esperado acima da média do mercado. Com base no fechamento dos papéis nesta terça-feira (11), a cifra implica uma alta potencial de 19%.

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Leia a íntegra do balanço divulgado pela TIM.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.