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Computação em nuvem: afinal, o que é isso? E ela serve para você?

15 maio 2023, 11:33 - atualizado em 15 maio 2023, 11:33
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“A mobilidade da nuvem traz barateamento e mais segurança e estabilidade dos serviços”, afirma Jonatas Souza (Imagem: Pixabay/ akitada31)

Computação em nuvem é um termo muito utilizado hoje e você mesmo utiliza serviços nessa modalidade da tecnologia, mas talvez não faça ideia do que isso significa e como funciona. Está tudo no ar, na nuvem mesmo? Tudo solto por aí?

Por mais que sejam perguntas simples e até mesmo óbvias, o conceito é abrangente e nem todo mundo entende. Vamos conhecer um pouco sobre essa modalidade da tecnologia que é o futuro e já não tem volta.

Hoje, nós temos smartphone, notebook, Smart TV’s, assistentes de voz como, por exemplo, Alexa no aparelho Echo da Amazon, e uma série de outros dispositivos tecnológicos que facilitam nosso trabalho, entretenimento e dia a dia. Antigamente, para você ter tudo isso e conectado entre si, era necessário algo que todo mundo odeia: fiação. Cabo A, B, C e por aí vai.

Hoje com o wi-fi e o bluetooth, você tem seu smartphone conectado na internet e ouvindo música em seus fones de ouvido sem que seu aparelho esteja plugado em nada. Isso removeu a limitação do espaço físico e permitiu a mobilidade.

Esse conceito de mobilidade foi expandido e hoje a computação em nuvem é exatamente isso. A mobilidade de ter sua infraestrutura de máquinas, servidores e armazenamento de dados ou uso de serviços de qualquer lugar do mundo. Essa mobilidade permite o conceito de nuvem, porque tudo está “por aí”, porque pode ser acessado “por aí”. Em termos simples, essa é a origem da computação em nuvem.

Tendo isso em mente, a computação em nuvem é o acesso virtual sem plugs, cabos, conexões ou limitações físicas de espaço e geografia, de forma online, utilizando formas de serviços para gerenciar, monitorar, armazenar dados e uma série de funções do dia a dia.

Legal, mas onde fica tudo isso? A ideia da nuvem é a mobilidade e acesso em qualquer lugar, contudo existem provedores que fazem toda parte física e estrutural que o usuário não vê, mas que existe. Ela acontece em grandes centros distribuídos pelo mundo, que são chamados de regiões. Nessas regiões é onde acontece a mágica do armazenamento e gerenciamento.

Esses serviços são contratados e você pode definir, enquanto administrador cloud, como será feito e paga a empresa por demanda de uso. Hoje temos três principais provedores no mercado, AWS, serviço de nuvem da Amazon; Azure, serviços de nuvem da Microsoft; e Google Cloud, como o nome já mostra, serviço de nuvem do Google. Existem outros, mas esses são os dominantes do mercado. Sendo assim, você contrata o serviço de uma delas e utiliza.

Computação em nuvem: um caminho sem volta?

Mas porque isso é bom e é o futuro sem volta? A mobilidade da nuvem traz barateamento e mais segurança e estabilidade dos serviços. Como comentei anteriormente, esses serviços são oferecidos em grandes centros distribuídos pelo mundo e, ao contratar um, você pode definir em qual região estão alocados seus dados e máquinas virtuais.

Ao definir uma região, você tem um espelhamento de seus serviços em outro centro que está a uma grande distância do seu principal. Por que isso é vantagem? Porque você não corre o risco de ter seus serviços derrubados. Caso aconteça algo como um terremoto, inundação ou outros fatores, esse espelhamento atua como principal e não há percepção dos seus clientes de queda do serviço ou instabilidade.

É diferente de ter um servidor alocado dentro de sua empresa, e problemas impedirem que ele funcione normalmente. Instabilidades e serviços com falhas custam milhões e milhões de dólares para empresas ano após ano, e utilizar um serviço de nuvem resolve, e muito, isso.

Um outro ponto é a utilização da infraestrutura. Hoje temos que comprar máquinas, memórias, trocar HD’s ou SSDs para armazenamento, licença de softwares e sistemas operacionais, e isso demanda tempo para o equipamento ser fabricado e tempo de correio. Além disso, a falta de componentes pode atrasar o processo. Por último, em algum momento, aquele hardware vai ficar obsoleto.

Na nuvem, com a utilização de máquinas virtuais, você pode criar uma máquina com a configuração, sistema operacional e armazenamento que desejar e, em minutos, ela está disponível para uso. Após isso, você pode desligá-la e não pagar pelo tempo de sua ociosidade ou simplesmente encerrá-la. O upgrade ocorre em segundos, caso seja necessário, e o acesso tem grande segurança, com a utilização de chaves que impedem a invasão.

As 3 características da computação em nuvem

Os serviços de computação em nuvem se baseiam em três aspectos da área de tecnologia: IaaS, PaaS e SaaS.

IaaS (Infrastructure as a Service, na sigla em inglês), ou Infraestrutura como Serviço, engloba o que citei como recursos de computação que são fundamentais nos setores de armazenamento, rede sob demanda e são pagos pelo uso.

PaaS (Platform as a Service), Plataforma como Serviço, é o ambiente completo de implantação, desenvolvimento e gerenciamento, que permite desde aplicações simples até níveis mais elevados de ferramentas e serviços habilitados e gerenciados na nuvem.

SaaS (Software as a Service), ou Software como Serviço, permite o uso de aplicações baseadas na nuvem. São  exemplos, o Office, serviços de e-mail, calendário. Nenhum desses serviços necessariamente precisa de aplicações instaladas na máquina local para acesso. Tudo pode ser feito de forma online.

Ao utilizar um serviço de nuvem, quer seja de forma pessoal ou profissional, as vantagens se mostram cada vez maiores. A nível de usuário hoje, o principal serviço que usa o conceito da nuvem é o de armazenamento, Icloud, Google Drive, Dropbox. Hoje a mobilidade que eles trazem permite que você acesse documentos, trabalhos, fotos e arquivos pessoais de qualquer máquina em qualquer lugar do mundo.

Ele traz a segurança de, caso acontecer algo com seus dispositivos, você, ao não armazená-los de forma local, continua com o acesso a tudo. Seu celular pode cair na água e não funcionar mais, mas com seu login e senha do Google Drive, você tem acesso a todo seu conteúdo novamente em outro smartphone ou no computador. Você não perdeu nada!

Mobilidade e modelos

Mas há mobilidade na utilização da nuvem? Sim! Ela funciona de três formas, o modelo público, o modelo privado e modelo híbrido.

Na computação pública, o acesso é livre ao público em geral, e os dados ficam à disposição. No modelo privado, os provedores de computação em nuvem provisionam ferramentas para que os acessos sejam limitados, controlados e monitorados – tanto aos arquivos, quanto aos serviços contratados e ofertados. É o modelo mais seguro de utilização por necessitar de validação de chaves de acesso.

E por último, no modelo híbrido, há uma mistura do que é privado e público. Parte das informações que são mais sensíveis só tem acesso por meios de autenticação, e partes que não são consideradas críticas podem ser acessadas por todos. E em especial, no modelo híbrido, há não só a definição de nível de acesso, mas também o de uso de estrutura. Você pode mesclar a utilização em nuvem com a utilização de um servidor local, caso você não possa renunciar ao modelo local por motivos de segurança, costume ou qualquer outro.

Nuvem é segurança, velocidade, qualidade de tecnologia ofertada com o barateamento de operação da área de TI da sua empresa e para você de forma pessoal.

Agora lhe pergunto, vale a pena voltar no tempo para usar algo 100% local, caro, com limite de armazenamento, upgrade e risco de segurança? Eu acredito que não. Dê uma chance para nuvem. Você não irá se arrepender!

* Jonatas Souza é analista de suporte na Empiricus, entusiasta em resolver problemas de TI, desenvolvedor Python e Java e escritor de ficção por hobbie. Possui dois livros publicados e o terceiro em desenvolvimento.

Analista de suporte na Empiricus
Analista de suporte na Empiricus, entusiasta em resolver problemas de TI, desenvolvedor Python e Java e escritor de ficção por hobbie. Possui dois livros publicados e o terceiro em desenvolvimento.
Analista de suporte na Empiricus, entusiasta em resolver problemas de TI, desenvolvedor Python e Java e escritor de ficção por hobbie. Possui dois livros publicados e o terceiro em desenvolvimento.