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Comunidade brasileira de Star Atlas já é a maior do mundo – “Foi tudo muito rápido e de forma orgânica”, diz fundador

13 out 2021, 10:30 - atualizado em 14 out 2021, 8:59
Star Atlas
Diversas comunidades (também chamadas de “guildas”) já estão sendo formadas com o objetivo de se prepararem para o jogo e colaborarem em equipe (Imagem: Medium/Star Atlas)

O jogo Star Atlas já está causando uma repercussão em massa, antes mesmo de ser lançado. Em especial, na comunidade brasileira que é atualmente a maior do mundo.

Diversas comunidades (também chamadas de “guildas”) já estão sendo formadas com o objetivo de se prepararem para o jogo e colaborarem em equipe. O motivo disso é que o jogo exige cooperação e estratégia.

A maior parte destas organizações são feitas pela plataforma do Discord. Hoje, a maior do mundo é a guilda nacional “Brazilian StarAtlas Alliance”, ou “BSA”. Entrevistei um dos fundadores, Daniel Duarte, para entender mais sobre o assunto.

Daniel adquire bitcoin (BTC) desde 2016 e é autor do livro “Bitcoinomics: Uma história de rebeldia”. Ele conta que desde aquela época já enxergava o enorme potencial dos criptoativos e em tudo que eles possibilitam.

Após a consolidação do bitcoin, ficou cada vez mais claro para Daniel que a estrutura da Web3 veio para ficar:

“É aquela coisa, você sabe que um dia vai acontecer, mas não sabe bem quando. Quando aconteceu o estouro de Axie Infinity (AXS), ficou bem claro que o momento do ‘play-to-earn’ vir para a realidade estava bem próximo” diz Daniel.

O principal questionamento de Daniel era em qual jogo iria investir. Em sua opinião, grande parte dos jogos neste modelo não são jogados por diversão, apenas pelo lucro que ele entrega, e isso foi um fator determinante na sua escolha de mergulhar em Star Atlas.

“Quando surgiu a ideia do Star Atlas, o whitepaper, o tokenomics, os desenhos, o apoio da corretora FTX e mais uma série de fatores me falaram que valia muito a pena apostar neste jogo.”

“Enxergo que hoje existem duas classes bem definidas: jogadores de ‘play-to-earn’, e jogadores de games. Existem gamers que jogam Axie Infinity, mas não jogam por ser um jogo, é para ganhar dinheiro. Ainda não existe essa fusão de jogar pelo jogo e ganhar dinheiro, mas acredito que Star Atlas tem um enorme potencial para ser isso”, explica o fundador.

Daniel começou juntando investidores próximos dele para começar a comprar tokens não fungíveis (NFTs) de naves. Em seguida, recrutou jogadores através do chat da comunidade brasileira no canal oficial de Star Atlas no Discord.

“Fui no Discord do Star Atlas, comecei a ‘cutucar’ na comunidade brasileira. Disse que já sou do bitcoin faz bastante tempo e já estava trazendo investidores. Começou a vir bastante gente, e de repente explodiu. Foi algo muito rápido”, conta.

Atualmente o servidor do “Brazilian StarAtlas Alliance” conta com mais de 3.900 pessoas. Todos os participantes da guilda se organizam de maneira transparente em relação ao financeiro:

“Existe uma planilha com todos os NFTs comprados pelos membros. Hoje, já estamos com valores gigantescos em termos de Brasil, sendo que mais de 400 pessoas compraram a nave. Isso existe além do movimento inicial que criei”, disse Daniel.

A expectativa é alta para a comunidade brasileira de Star Atlas. “Uma coisa muito legal que o Michael Wagner, CEO de Star Atlas, falou é que será possível criar DAOs (Organizações Autônomas Descentralizadas) das guildas dentro do próprio jogo.

Existirão mecanismos de governança dentro do próprio jogo. Cheguei a pensar em fazer uma DAO nossa em um segundo momento”, revela.

Star Atlas
Daniel Duarte, um dos fundadores da comunidade do Star Atlas no Brasil, a organização da guilda foi “rápida e de forma orgânica”, e hoje muito se assemelha a uma empresa descentralizada (Imagem: Medium/Star Atlas)

Entretanto, Daniel Duarte diz que também é preciso ter um pé no chão e acompanhar a dinâmica do jogo quando ele for lançado. Mesmo assim, Daniel diz que observou o Brasil  responder muito forte ao “hype”, e toda semana tem reuniões pelo Discord para discutir os próximos passos.

Ele já adianta para o Crypto Times o que sabe no momento: “A guilda será baseada em meritocracia e mérito. Pessoas que eu nem conhecia já viraram moderadores, alguns viraram analistas técnicos, têm até membro elaborando gráficos de análise.”

“Já existem várias pessoas da comunidade se destacando dentro da guilda e que entraram depois”, explica. O investidor comenta que achou muito interessante a formação da comunidade. Segundo ele, foi “rápido e de forma orgânica”, e hoje muito se assemelha a uma empresa descentralizada:

“Existem várias pessoas participando, criando cargos e ganhando relevância. Tudo de uma forma totalmente descentralizada e orgânica. Isso é bem legal. A guilda não é minha, isso é importante. Fui um de seus fundadores, mas rapidamente várias pessoas que eu não conhecia foram se unindo pela ideia do jogo ‘play-to-earn’ e tomando decisões dentro da equipe.”

Ele lembra que toda essa movimentação foi em menos de um mês, e agora a comunidade brasileira é a maior do mundo. É um indicador de que o país está olhando com carinho para o setor:

“Não é à toa que estou falando frequentemente com a diretora de marketing do Star Atlas. Ela comenta que o Brasil está super visado no jogo pelo tráfego que tem no site.”

Na última terça-feira (12), houve uma reunião da guilda com a diretora de marketing e o gestor de comunidade do jogo. Nesta reunião, foram feitas perguntas para a equipe de desenvolvedores do Star Atlas e foi novamente reforçado que a comunidade brasileira é, atualmente, a maior do mundo.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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