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Conab corta produção do Brasil na safra 2023/2024, com redução para soja, trigo e milho pelo El Niño

07 dez 2023, 16:22 - atualizado em 07 dez 2023, 16:22
el niño milho
Apesar dos impactos causados pelo El Niño, o arroz tem previsão de alta na safra 2023/2024 de 7,5%; confira  (Imagem: Christiano Antonucci/Secom-MT)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cortou a previsão para 312,3 milhões de tonelada na safra 2023/2024 do Brasil, queda de 2,4% na comparação com o ciclo anterior.

A queda na estimativa de produção neste ciclo é explicada pela baixa ocorrência de chuvas e as altas temperaturas registradas nos estados do Centro-Oeste. No Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, se deu pelo excesso das precipitações, em função do El Niño.

Essas condições climáticas adversas afetaram o desenvolvimento de importantes culturas, como soja, trigo e milho.

“Estamos atentos e redobraremos o monitoramento das áreas produtoras. O comportamento do clima este ano é o fator mais determinante para as culturas que estão em plantio e em desenvolvimento, em função do El Niño. Além disso, os atrasos no plantio da soja abrem incertezas para o milho 2ª safra”, pondera o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.

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Dessa maneira, segundo a Conab, a estimativa de produção da soja nesta safra é de 160,2 milhões de toneladas e o clima ainda é um fator que pode influenciar neste resultado, principalmente quando ocorrem os estágios de floração e enchimento dos grãos.

O panorama é parecido para o milho, já que os extremos climáticos, típicos de anos de influência do fenômeno El Niño, continuam a ocorrer nas regiões produtoras, atrasando o plantio do cereal.

Neste primeiro ciclo de cultivo do grão, é projetada uma produção de 25,3 milhões de toneladas — queda de 7,5% em relação à safra anterior. Já a colheita total de milho está estimada em 118,53 milhões de toneladas.

Nas culturas de inverno, foi identificada queda na produtividade em quase todos os produtos quando comparada à última safra.

Para o trigo, principal produto, as chuvas volumosas, ventanias, granizo, enchentes, muita nebulosidade e poucos dias com sol dificultam a conclusão da colheita no Rio Grande do Sul. O volume de produção está estimado em 8,1 milhões de toneladas.

Avanço produtivo apesar do El Niño

Importante produto para o abastecimento interno, o arroz tem previsão de alta na safra de 7,5%, podendo chegar a 10,79 milhões de toneladas.

O melhor resultado é influenciado pela maior área destinada ao produto bem como uma recuperação na produtividade.

Ainda assim, o desenvolvimento da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, tem sido afetado pelas condições climáticas adversas. O excesso de chuvas tem gerado uma umidade excessiva no solo, o que impede a conclusão da semeadura e dificulta os tratos culturais.

Outro produto tradicional no consumo dos brasileiros, o feijão apresenta cenários diversos nas lavouras cultivadas nesta primeira safra pelo país.

Em São Paulo, as condições gerais, até o momento, são de bom aspecto fitossanitário. Os efeitos das altas temperaturas e baixas precipitações foram amenizados pelo uso de irrigação.

Já em Minas, esse cenário de calor e irregularidade de chuvas trazem impactos nas operações de implantação e de manejo das lavouras. Ainda assim, somadas as três safras da leguminosa a expectativa é de uma produção de 3,1 milhões de toneladas.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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