Agronegócio

Conab vê alta de 8% na safra de soja do Brasil 20/21 após rever área em MG e RS

10 nov 2020, 20:13 - atualizado em 10 nov 2020, 20:13
Os preços nacionais continuam pressionados pelos preços internacionais na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A safra de soja 2020/21 do Brasil deve ter recorde de 134,95 milhões de toneladas, o que seria um aumento de 8% ante o ciclo anterior, projetou nesta terça-feira a estatal Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em seu segundo levantamento para a temporada.

A Conab elevou a projeção em 1,2 milhão de toneladas ante a previsão de outubro, considerando um maior plantio do que o esperado principalmente no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, onde a área foi revista para cima em cerca de 150 mil hectares em cada Estado, conforme o levantamento mais recente.

Dessa forma, o maior produtor e exportador de soja deve aumentar em 3,5% na área a área plantada em 2020/21 na comparação com o ciclo anterior, para 38,25 milhões de hectares, o maior patamar já visto, em meio a preços recordes.

“Os preços nacionais continuam pressionados pelos preços internacionais na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT), prêmios de portos que já ultrapassaram os valores recordes de 2018, o dólar ainda alto e por pouquíssimos produtos disponíveis para entrega imediata”, disse a Conab em relatório.

Entre os Estados com maior crescimento anual percentual na área, a Conab aponta o Mato Grosso do Sul (11%), Minas Gerais (7%), Piauí (5,2%), além de Roraima, com uma alta de 20,5% o Estado, contudo, tem uma das menores área de soja do país, com apenas 60 mil hectares.

A Conab também vê aumento na área em Tocantins (2,1%), Pará (2,6%), além de altas importantes em outros produtores tradicionais, como Mato Grosso (2,8%) e Goiás (4,2%).

A despeito do atraso no plantio pelo tempo seco em vários Estados, a Conab ampliou sua projeção, citando esperada regularização do clima a partir deste mês.

A estatal ainda apontou exportações próximas a 82,7 milhões de toneladas da oleaginosa em 2020 e mais de 85 milhões de toneladas em 2021, em meio a uma “forte demanda chinesa”.

No caso do milho, as perspectivas para a safra total foram reduzidas para 104,89 milhões de toneladas, de 105,16 milhões estimados em outubro, devido a um corte no volume esperado para a primeira safra, vista em 26,48 milhões de toneladas, frente a 26,76 milhões de toneladas antes.

A safra 2020/21 do algodão em pluma foi prevista para 2,7 milhões de toneladas, abaixo das 2,8 milhões de toneladas do mês passado, enquanto a produção de trigo deste ano foi projetada em 6,35 milhões de toneladas, de 6,83 milhões de toneladas anteriormente.

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