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As 5 notícias para ficar de olho nesta tarde

31 jul 2020, 13:01 - atualizado em 31 jul 2020, 13:04
Mercados EUA Ações Wall Street NYSE
Veja os destaques da manhã e o que vai afetar os mercados nesta tarde (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

1. Mercados em queda após divulgação de fortes retrações no PIB e balanços empresariais

A bolsa paulista mostrou hesitação no começo do pregão desta sexta-feira, em meio a ajustes de posições conforme o Ibovespa caminha para o quarto mês seguido de alta, tendo de pano de fundo clima relativamente favorável no exterior e noticiário corporativo local intenso.

No último dia do mês, o índice está acumulando alta (faltando hoje) de 10,47%, mas com o ano ainda negativo em 9,2%. Por volta das 13h, o Ibovespa caía 1,20%, a 103.746,87 pontos.

No exterior, os índices S&P 500 e o Dow Jones apagavam os ganhos iniciais da sexta-feira, visto que preocupações com danos econômicos da pandemia de Covid-19 substituíam euforia inicial gerada por impressionantes balanços trimestrais de Apple, Amazon.com e Facebook.

Apple saltava 6,4%, com ganhos na receita na base anual em todas as categorias e regiões.

Amazon.com subia 4,4% depois de registrar o maior lucro em 26 anos de história, enquanto Facebook ganhava 7,7% após informar receita maior do que a esperada.

Nasdaq ganhava 1,01%, enquanto o Dow Jones Industrial Average caia 1,37% e o S&P 500 tinha alta de 0,07%.

Os índices europeus e o euro reduziram um pouco os ganhos, reagindo à queda histórica de 12,1% do PIB da Zona do Euro
no 2º trimestre na variação trimestral, maior do que se previa, em meio aos efeitos da pandemia de coronavírus.

Mercados
A bolsa paulista mostrou hesitação no começo do pregão desta sexta-feira (Imagem: Pixabay)

2. Setor público tem déficit primário de R$ 188,682 bilhões em junho e R$ 402,703 no 1º semestre

O setor público consolidado brasileiro teve déficit primário de 188,682 bilhões de reais em junho, o que levou o rombo do primeiro semestre a 402,703 bilhões de reais, informou o Banco Central nesta sexta-feira.

Em pesquisa Reuters, a expectativa era de um déficit menor, de 163,5 bilhões de reais para o mês.

Em junho, a dívida pública bruta saltou a 85,5% do PIB, sobre 81,9% em maio. A dívida líquida, por sua vez, foi a 58,1% do PIB, ante 55,0% no mês anterior. A expectativa do mercado era de dívida bruta de 83,8% e dívida líquida de 57% do PIB.

Dinheiro
Em junho, a dívida pública bruta saltou a 85,5% do PIB (Imagem: Pixabay)

3. Reinstalação da comissão mista da reforma tributária deve acontecer nesta sexta-feira

O senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente da Comissão Mista da Reforma Tributária, anunciou para esta sexta-feira (31), às 14 horas, a retomada dos trabalhos do colegiado. A sessão será remota, como as que já vêm ocorrendo no Senado. Ele também informou que na próxima quarta-feira (5), às 10 horas, ocorrerá audiência pública com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O senador afirmou que o colegiado tentará votar uma proposta de reforma tributária na primeira quinzena de outubro, para então enviar o texto para a Câmara e, em seguida, para o Senado. O relator da comissão é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Roberto Rocha lembrou que a comissão foi criada para tentar unificar as propostas sobre reforma tributária que tramitam na Câmara dos Deputados (a PEC 45/2019) e no Senado (a PEC 110/2019).

Roberto Rocha
O senador afirmou que o colegiado tentará votar uma proposta de reforma tributária na primeira quinzena de outubro (Imagem: Agência Senado/William Barreto)

4. Gastos dos consumidores dos EUA sobem pelo 2º mês em junho; renda volta a cair

Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram pelo segundo mês seguido em junho, deixando o consumo a caminho de uma recuperação no terceiro trimestre, embora essa retomada possa ser limitada pelo ressurgimento de casos de Covid-19 e pelo fim dos benefícios ampliados contra o desemprego.

O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, avançaram 5,6% no mês passado, após salto recorde de 8,5% em maio, conforme mais empresas reabriram.

Os consumidores intensificaram as compras de roupas e calçados e também gastaram mais com saúde, jantares fora de casa e acomodações.

Economistas consultados pela Reuters projetavam aumento de 5,5% dos gastos em junho. Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor avançaram 5,2% no mês passado, após subirem 8,4% em maio.

EUA
Os consumidores intensificaram as compras de roupas e calçados e também gastaram mais com saúde (Imagem: Pixabay)

5. Petrobras prova que boa gestão compensa até prejuízo bilionário

O prejuízo de R$ 2,7 bilhões reportado pela Petrobras (PETR3PETR4) no segundo trimestre foi tratado com indulgência pelos analistas, nos primeiros relatórios divulgados nesta sexta-feira (31).

Já os investidores parecem apáticos em relação à empresa, no pregão de hoje. As ações ordinárias da Petrobras subiam 0,94%, negociadas por R$ 23,54. Já as preferenciais caíam 0,66%, para R$ 22,67.

Quem já se manifestou prefere destacar a habilidade da companhia de reduzir custos e atravessar com segurança essa que é considerada uma das piores crises do mercado mundial de óleo e gás.

Regis Cardoso, que assina o relatório do Credit Suisse obtido pelo Money Times, afirma que “o segundo trimestre de 2020 não foi um trimestre comum para as companhias de petróleo ao redor do mundo. A indústria de óleo e gás navegou pelas águas muito turbulentas de uma crise sem precedentes”

Thiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola, que assinam o relatório do BTG Pactual (BPAC11), também relevaram a última linha do balanço da estatal. “Resultado fracos, em meio a um dos ambientes mais desafiadores da indústria petrolífera em décadas, eram, de algum modo, previsíveis”, afirmam.

Plataforma da Petrobras
Petrobras registra prejuízo de R$ 2,7 bilhões (Imagem: Divulgação/ Petrobras)

Jornalista | Analista de Marketing
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