Confira as melhores empresas de infraestrutura, com ações podem subir 166%, segundo Safra

Os principais destaques de infraestrutura do Banco Safra para 2022 são a Ecorodovias (ECOR3), a Movida (MOVI3) e a CCR (CCRO3), todas com recomendação de compra pelo banco.

Segundo Luis Peçanha e sua equipe de analistas do setor, os subsetores mais relevantes para o ano são o de locadoras de veículos, o de concessionárias de rodovias e o de operadoras logísticas.

Avaliação subsetorial

As locadoras de veículos foram o primeiro subsetor ressaltado, devido ao aumento da confiança nele no curto prazo.

Outro fator em destaque é a enorme demanda reprimida de motoristas de aplicativo, reduzida durante a pandemia, bem como pela nova e promissora demanda por locações de longo prazo por parte de clientes do varejo, que vem se popularizando no país.

As companhias de locação se mostraram otimistas ao afirmar que esperam entregar expansão dos lucros em 2022, “que viria principalmente da expansão do faturamento, e seria suficiente para superar o aumento esperado das despesas financeiras líquidas com a alta das taxas de juros”, segundo aponta o relatório.

As concessionárias também demonstraram otimismo, conforme a análise do Safra, “considerando a melhora esperada para seus resultados com a recuperação do volume de tráfego”.

Isso, principalmente, com relação aos veículos leves que ficaram defasados ​​em relação aos pesados ​​devido às medidas restritivas adotadas durante a pandemia.

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Já as operadoras logísticas “continuaram mostrando seu apetite de crescimento por meio de aquisições neste mercado ainda muito pulverizado”.

Os especialistas acreditam que as empresas devem ampliar seu crescimento orgânico no curto prazo, dadas as oportunidades de vendas cruzadas, o aumento esperado do poder de barganha com fornecedores, e a maior alavancagem operacional a ser alcançada com o aumento de seu porte.

Ecorodovias (ECOR3)

Com o principal potencial de alta, o Safra colocou um preço-alvo nas ações da Ecorodovias de R$ 20,3, valorização de 166% até o final deste ano.

Em março deste ano, o tráfego rodoviário da empresa aumentou cerca de 13% na comparação anual, sendo a melhoria impulsionada pelo crescimento verificado no tráfego de veículos ligeiros, que segundo a empresa foi positivamente influenciado pela recuperação do tráfego pendular.

Assim, os analistas do banco defendem que a companhia “deve continuar se beneficiando da recuperação gradual do volume de tráfego de suas rodovias, principalmente de veículos leves, após a flexibilização das restrições impostas para o controle da pandemia de Covid-19”.

Movida (MOVI3)

O Safra também reavaliou o preço-alvo da Movida (MOVI3) em R$ 31,5, uma valorização de 65% nas ações ao longo de 2022.

Espera-se que a empresa continue expandindo sua frota e aprimorando seu mix de veículos, movimento que deve sustentar o contínuo aumento de suas tarifas na divisão de aluguel (RAC) e levar à ampliação da margem EBITDA da divisão RAC , para aproximadamente 60%.

Além disso, no segmento de aluguel de mercados, a companhia prevê que suas tarifas acompanhem a melhoria do mix de veículos alugados e os reajustes graduais após a renovação de seus contratos, que devem incorporar novas condições de mercado.

Enquanto isso, a divisão de Seminovos (vendas de seminovos) deve continuar apresentando bons resultados.

Segundo os analistas do Safra, “isso deve sustentar as margens operacionais acima dos níveis históricos em 2022 devido aos preços ainda elevados alcançado em suas vendas de seminovos”.

CCR (CCRO3)

Por fim, o novo preço-alvo das ações da CCR (CCRO3), para o Safra, foi calculado em R$ 18,7, um potencial de alta de 36% até o final deste ano.

A empresa espera que o desenvolvimento dos seu projeto ao longo deste ano melhore o desempenho de seus resultados anuais.

São eles: 2 blocos aeroportuários; as linhas 8 e 9 do metrô de São Paulo (iniciadas em 22/jan/22); e a Concessão Rodoviária Dutra (início em mar/22).

O relatório do banco pontua que a CCR está bem posicionada para continuar expandindo seu portfólio de concessões “com bons retornos após a alta das taxas de juros e ambiente competitivo fraco dado o forte pipeline de oportunidades em 2022”.

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