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Congresso derruba veto do governo e mantém isenção para FIIs e Fiagros; IFIX avança à espera do Copom

18 jun 2025, 8:18 - atualizado em 18 jun 2025, 8:23
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Congresso derruba veto e mantém isenção para FIIs e Fiagros; IFIX sobe (Imagem: KBL Studio/ iStock)

O Congresso derrubou, na terça-feira (17), parte dos vetos do governo Lula ao projeto que regulamentou a reforma tributária e que impactava os fundos imobiliários (FIIs) e os Fiagros com novas taxações.

Após acordo com o poder executivo, os parlamentares restabeleceram a isenção dos fundos de investimento e patrimoniais da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), tributos criados pela reforma.

Na prática, volta a valer o texto aprovado originalmente, que garantia essa isenção para FIIs e Fiagros. No momento da sanção, em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia vetado os dispositivos, agora restabelecidos.

A derrubada ocorreu em sessão conjunta de deputados e senadores, liderada por integrantes ligados ao agronegócio.

E os dividendos?

O veto, no entanto, não altera a tributação sobre rendimentos, que segue prevista para começar em 2026, com alíquota de 5%, conforme proposto na Medida Provisória enviada pelo governo ao Congresso.

A MP precisa ser aprovada até outubro para virar lei. Durante esse período, será examinada por uma comissão mista antes de seguir para votação na Câmara e no Senado. O texto pode sofrer alterações, receber emendas ou até ser rejeitado integralmente.

Para a XP Investimentos, que considera negativas as mudanças na tributação, há baixa probabilidade de a medida avançar, devido aos impactos diretos e indiretos sobre vários setores da economia.

Desempenho do IFIX

Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou praticamente estável na terça-feira (17), após passar boa parte da tarde em queda e recuperar terreno nos minutos finais. O indicador avançou 0,01%, encerrando o dia aos 3.432,06 pontos.

Apesar da leve alta, o índice acumula queda de 0,86% em junho, pressionado principalmente pela MP que prevê a taxação dos dividendos. No acumulado do ano, porém, o desempenho segue positivo em +10,13%.

Além da questão tributária, os juros também seguem no radar dos investidores de fundos imobiliários. Nesta quarta-feira (18), as atenções estão voltadas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic – hoje em 14,75%.

O mercado está dividido entre a possibilidade de encerramento do ciclo de aperto monetário e um novo aumento de 0,25 ponto percentual.

Segundo as Opções de Copom da B3, 61% dos investidores apostam em elevação da taxa, enquanto 37,5% projetam estabilidade.

Entre as instituições que esperam uma nova alta está o BTG Pactual. A economista Iana Ferrão afirma que a projeção é baseada, justamente, na sequência de indicadores que apontam “atividade resiliente e inflação de serviços ainda elevada, em um contexto de expectativas desancoradas”.

O banco também destaca que o momento atual é uma oportunidade para o Comitê reforçar sua credibilidade, por meio de um ajuste residual.

As maiores altas e baixas do último pregão

O destaque positivo da terça-feira (17) ficou com o Pátria Logística (PATL11), que avançou 4,67% no pregão. Na sequência, apareceu o Gazit Malls (GZIT11), com alta de 3,85%, seguido pelo Hectare (HCTR11), que subiu 2,24%.

O Rio Bravo FOF (RBFF11) também figurou entre as maiores valorizações do dia, com ganho de 1,68%, enquanto o Kinea Oportunidades (KORE11) encerrou com avanço de 1,57%.

Fundo Variação (%) Último Preço (R$)
PATL11 – Pátria Logística +4,67% 52,50
GZIT11 – Gazit Malls +3,85% 48,00
HCTR11 – Hectare +2,24% 23,24
RBFF11 – Rio Bravo FOF +1,68% 51,38
KORE11 – Kinea Oportunidades +1,57% 83,00

Entre os destaques negativos, o Bluemacaw Logística (BLMG11) liderou as perdas, com recuo de 2,60%. Na sequência, apareceu o HSI Ativos Financeiros (HSAF11), que caiu 1,99%, seguido pelo Canuma Capital Multiestratégia (CCME11), com baixa de 1,70%.

O Suno Recebíveis (SNCI11) também encerrou no campo negativo, com desvalorização de 1,15%, enquanto o Santander Renda de Aluguéis (SARE11) fechou com queda de 1,05%.

Fundo Variação (%) Último Preço (R$)
BLMG11 – Bluemacaw Logística -2,60% 37,50
HSAF11 – HSI Ativos Financeiros -1,99% 79,86
CCME11 – Canuma Capital Multi -1,70% 8,69
SNCI11 – Suno Recebíveis -1,15% 88,69
SARE11 – Santander Renda de Aluguéis -1,05% 4,71

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
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