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Congresso dos EUA está em furor por invasões ao Twitter, mas “auê” pode ser “à toa”

17 jul 2020, 16:26 - atualizado em 17 jul 2020, 16:26
EUA Congresso Washington Capitólio
A preocupação do Congresso Americano sobre os ataques à plataforma Twitter seriam uma resposta a uma futura ameaça às eleições de novembro? (Imagem: Reuters/Tom Brenner)

O senador americano Josh Hawley quer respostas sobre a onda de hacks no Twitter esta semana.

Ele não é o único. O senador Robert Wicker, presidente do Comitê do Senado sobre Comércio, Ciência e Transporte, e o representante James Corner, do Comitê sobre Supervisão e Reforma, também entraram para a competição de exigência de respostas.

De acordo com o site POLITICO, membros do Comitê de Inteligência do Senado também buscam por respostas. Segundo a Reuters, o FBI abriu uma investigação sobre os hacks.

Mesmo se os políticos conseguirem respostas, as chances são baixas, já que vai ser difícil ver qualquer ação legislativa num futuro próximo — pelo menos não durante o contexto de eleição deste ano em meio à pandemia.

Isso é bem ruim pois, se deixarmos de lado o aspecto do Bitcoin do que parece ser uma violação aterrorizante de um sistema — nessa quinta-feira (16), o Twitter disse que cerca de 130 contas foram afetadas — que se tornou em uma fonte essencial de informações em tempo real em todo o mundo. Parece que políticos poderiam concordar com isso, principalmente em ano de eleição.

“A invasão de ontem à noite no Twitter levanta sérias questões sobre segurança de dados e sobre como plataformas como o Twitter podem ser usadas para prejudicar o debate público”, disse Letitia James, advogada geral de Nova York, em uma carta recente, anunciando que seu próprio estado realizaria uma investigação sobre a invasão.

Porém, se a segunda carta do senador Hawley representa o lado republicano, espere por mais discussões insignificantes.

EUA
Hacks dessa semana poderiam simplesmente pôr mais lenha à fogueira nas guerras em redes sociais nos EUA. (Imagem: Pixabay)

Hawley parece estar focado nos possíveis riscos a usuários — bom, usuários republicanos e um em particular: o presidente Donald Trump (dentre as vítimas dessa quarta-feira estão o ex-vice-presidente Joe Biden e o ex-presidente Barack Obama).

Aqui está um trecho de algumas das respostas exigidas por Hawley:

Favor definir os termos ‘Pesquisa na Lista de Rejeição’, ‘Tendências da Lista de Rejeição’, ‘Devolvidos’ e ‘Apenas Leitura’. Favor explicar, também, para cada termo, se tais sinalizações em contas de usuários afetam a visibilidade dos tuítes em nas linhas do tempo dos usuários.

O Twitter indica aos usuários afetados essas sinalizações ou outras medidas parecidas que reduzem o alcance dos usuários a suas contas ou tuítes foram sinalizados de tal forma? Se não, por que não?

Algumas dessas sinalizações, ou outras com funções parecidas que limitam a visibilidade dos tuítes de usuários, já foram aplicadas às contas ou aos tuítes do presidente Trump ou de outros representantes eleitos? Se sim, por favor inclua um registro de cada sinalização.

O conteúdo da carta claramente provém da discórdia entre muitos conservadores que o Twitter está intencionalmente atingindo e silenciando vozes conservadoras.

Tais declarações resultaram em processos judiciais, enviadas por outras redes sociais como Gab e Parler, e ganharam a ira de políticos como Hawley e Trump.

As perguntas de Hawley sugerem que os hacks dessa quarta-feira — um debáculo histórico e um olho roxo à gigante rede social de 14 anos — poderia simplesmente pôr mais lenha à fogueira nas guerras em redes sociais nos EUA.

Infelizmente, não é o caso. Um ataque que tentou enganar pessoas em enviarem bitcoin poderia ter sido usado para propósitos mais perversos, usando grandes perfis do Twitter em uma tentativa de causar pânico.

E se a conta de Elon Musk anunciasse que estava fechando as portas da Tesla? E se alguém obtivesse acesso à conta do presidente dos EUA e declarasse uma guerra? Vimos como a interferência nas redes sociais teve um papel importante na eleição de 2016.

E se isso fosse apenas um teste para algum ataque à informação relacionado às eleições em novembro?

Clique aqui para conferir a linha do tempo completa sobre a invasão desta semana e não deixe de escutar a edição mais recente do podcast Crypto Storm.

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