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Conheça a alternativa à Petrobras (PETR4) para ganhar exposição ao petróleo no longo prazo

19 set 2022, 15:39 - atualizado em 19 set 2022, 15:39
Campo de Frade, PetroRio PRIO
O Credit Suisse acredita que o portfólio da PRIO carrega um potencial de valorização “substancial” (Imagem: Divulgação/PRIO)

O Credit Suisse atualizou o preço-alvo da ação da PRIO (PRIO3), também conhecida como PetroRio, após incorporar expectativas mais altas para os preços do petróleo Brent.

Em relatório publicado neste domingo (18), os analistas do banco destacam que a PRIO sai como a mais beneficiada por preços maiores de petróleo no longo prazo.

Embora a gente prefira os yields da Petrobras no curto prazo, a PRIO é uma alternativa viável para investidores ganharem exposição aos preços do petróleo no longo prazo sem enfrentar o risco estatal embutido na Petrobras”, dizem Regis Cardoso e Marcelo Gumiero.

O preço-alvo de PRIO3 foi elevado de R$ 38 para R$ 42, com a recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) reiterada.

Os analistas aumentaram as estimativas para o barril do petróleo Brent a US$ 75 em 2025 (ante US$ 70) e US$ 70 em 2026 (ante US$ 65).

Segundo Cardoso e Gumiero, as mudanças nas estimativas refletem a inflação na cadeia de oferta upstream, uma vez que os custos de capital aumentaram 20% desde o fundo em 2016-2020.

Para o curto e médio prazo, o Credit Suisse prevê que os preços do petróleo devem atingir US$ 90 no quarto trimestre de 2022, US$ 85 em 2023 e US$ 80 em 2024.

Extraindo valor do portfólio

O Credit Suisse acredita que o portfólio da PRIO carrega um potencial de valorização “substancial”, se os projetos forem executados dentro do tempo e do orçamento.

No início do mês, a PRIO anunciou a aquisição da Dommo (DMMO3), que detém 5% de participação nos campos de Polvo e Tubarão Martelo (a PRIO opera e detém os 95% restantes).

A Dommo diz ter R$ 8 bilhões em créditos fiscais potenciais não contabilizados em seu balanço. Embora veja isso como um upside substancial para a PRIO, o Credit Suisse acredita que a transação destaca o valor percebido pela PRIO sobre o Polvo e o Tubarão Martelo.

Novas fusões e aquisições são estratégicas para a PRIO, que se destaca por focar em crescimento de produção via projetos que adicionam valor.

“Adquirir o Tubarão Martelo foi a decisão certa para adicionar volumes ao portfólio, mas reduzir custos e eliminar a necessidade de um dos FPSOs por meio de um tieback com Polvo foram o que realmente adicionou valor para o ativo”, comentam Cardoso e Gumiero.

“O mesmo para Wahoo, onde a PRIO planeja conectar o campo ao FPSO existente em Frade”, completam.

Oportunidades vizinhas

O Credit Suisse menciona a existência de outros campos próximos aos polos Polvo-TBMT e Frade-Wahoo, com as distâncias variando de 20 a 70 km.

Para Polvo-TBMT, o banco levanta como possíveis oportunidades à PRIO: Peregrino (operado por Equinor), Tartaruga Verde e Tartaruga Verde Sudoeste (operado pela Petrobras) e Maromba (operado pela BW Energy).

Peregrino, em particular, pode ser uma nova oportunidade transformacional para a PRIO, afirma o Credit Suisse. Antes de ter a produção parada, Peregrino chegava a produzir 60 mil barris por dia.

“Mais do que isso, a Equinor tem um plano de desenvolvimento Fase 2 que pode aumentar a produção de óleo para acima de 100 mil barris por dia por um capex total de US$ 2,5 bilhões. Todos esses números são bem substanciais comparados à produção atual de 52 mil barris por dia da PRIO”, destacam Cardoso e Gumiero.

Além da atualização da tese da PRIO, o Credit Suisse elevou o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) da Petrobras (PBR), de US$ 18 para US$ 20. A recomendação também é de outperform.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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