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Conheça PouPay+, aplicativo que promove a educação financeira da mulher

27 jul 2021, 16:58 - atualizado em 27 jul 2021, 17:08
Aline Rezende, CEO da PouPay+
Aline Rezende, CEO da PouPay+ (Imagem: Divulgação/PouPay+)

As mulheres estão conquistando uma maior participação em diferentes esferas sociais. Trabalho e independência são temas cada vez mais recorrentes em suas rotinas. Mesmo assim, a educação financeira feminina ainda é um assunto pouco explorado. Muito se fala sobre gestão de finanças e empreendedorismo feminino, mas o número de mulheres com informações necessárias para começar um negócio de sucesso continua pequeno.

A PouPay+ surge no mercado justamente para reverter esse cenário. Criado em meados de março de 2021 pelos sócios Aline Rezende, especialista em finanças e inteligência emocional, e Jean Malaquias, engenheiro de inteligência artificial, o aplicativo serve como uma ferramenta de controle financeiro exclusivo para mulheres. O serviço, focado principalmente nas classes C e D, tem a função de ser um assistente virtual diário para a mulher, colaborando no gerenciamento das contas bancárias vinculadas à plataforma e levando a uma economia de até 30% dos gastos anuais.

A primeira versão do aplicativo foi lançada em maio, seguindo os preceitos da cartilha do “blitzscaling”, conjunto de técnicas para aumentar a escala a um ritmo vertiginoso.

Neste primeiro momento, a plataforma disponibilizou a jornada da independência financeira, onde mulheres podem aprender como fazer uma gestão melhor, guardar dinheiro e começar a investir. Para isso, a PouPay+ traz a educação financeira como uma de suas principais propostas.

A importância da informação

Em entrevista para o Money Times, Rezende, que é CEO da PouPay+, contou que a jornada da independência financeira tem sete módulos: empoderamento feminino, finanças femininas, organização das finanças, investimentos, gerenciamento e controle das finanças, reserva para o futuro e empreendedorismo feminino.

Rezende destacou a importância da informação na hora de promover a gestão financeira feminina. Dados divulgados pela Serasa revelaram que o Brasil atingiu 62,5 milhões de pessoas inadimplentes em maio. Desse total, 50,1% são mulheres.

“Com certeza, a informação é fundamental. Por isso que vai andar juntinho com a gestão, porque as duas se complementam. É muito importante ter a informação, que vai dar suporte para fazer uma gestão efetiva, uma gestão com confiança”, afirmou.

A PouPay+ também propõe acabar com a ideia de que a mulher gasta mais que os homens. Rezende disse que a mulher leva muitas vezes essa fama, quando na verdade os gastos não são só com ela.

“É com ela, a casa, o marido, os filhos…”, listou a executiva. “Os homens gastam tanto quanto as mulheres porque eles adquirem bens com valor maior, como carros e eletrônicos”.

Segundo a CEO, a mulher conseguirá ver no aplicativo uma maior diferença dos gastos.

Empreender: por que não?

A PouPay+ bate muito na tecla do empreendedorismo feminino. O objetivo, explicou Rezende, é mostrar à mulher, por meio de cases de sucesso, que ela pode liderar um negócio.

A plataforma traz a explicação completa sobre empreendedorismo, desde a definição de MEI (microempreendedor individual) até o que a empresária vai ter que pagar de imposto de renda.

Além do caráter informativo, o aplicativo também permitirá que a usuária proponha metas pessoais.

“A mulher precisa ter uma segurança. Ela só vai sair do trabalho dela se tiver um investimento, uma reserva financeira para poder empreender. Então, essa pode ser uma meta dela dentro do app”, comentou Rezende.

PouPay+
PouPay+

Planos para o futuro

A PouPay+ ainda está em fase de desenvolvimento, mas já tem planos de expandir suas operações para o exterior. A empresa, que fechou parceria com a Belvo, está se movendo para entrar na Colômbia e no México.

“A gente até escolheu a Belvo porque eles já funcionam nestes dois países. Isso vai acabar facilitando o processo de expansão lá na frente”, explicou a CEO.

A escolha da Colômbia e do México não foi aleatória. De acordo com Rezende, a expansão para as duas regiões se deve pelo fato de que os perfis das mulheres colombianas e mexicanas são muito parecidos com os das mulheres brasileiras, que conquistaram seu espaço não faz muito tempo e por vezes precisaram assumir os negócios da família, mas não tinham o conhecimento necessário para o controle das finanças.

Outro mercado na mira da PouPay+ é a Irlanda, onde a indústria da tecnologia está aquecida. A empresa também não descarta os Estados Unidos.

Os planos da PouPay+ não param por aí. A empresa quer aproveitar a parceria com a Belvo, responsável pela integração das contas correntes dentro da plataforma, e começar a oferecer serviços financeiros, como empréstimos e cartão de crédito, para as usuárias. Isso já está no escopo do projeto.

A ideia é que as mulheres possam realizar investimentos dentro da plataforma e solicitar crédito também – crédito em um valor diferenciado, por sinal, visto que hoje em dia as taxas para empréstimo são mais altas para elas.

Até o fim do ano que vem, a PouPay+ quer ser o aplicativo número um de finanças para mulheres no Brasil, considerando que é pioneira na categoria. Em cinco anos, a empresa almeja a liderança do segmento na América do Sul e depois no mundo.

“Não tem nenhum app fazendo tudo isso hoje para as mulheres”, disse Rezende. “As mulheres estão em um momento muito forte de empoderamento, de entender o espaço delas, de entender que elas podem mais. Podem investir, guardar, gerenciar uma empresa, iniciar uma empresa… A gente quer trazer essa transformação na sociedade”.

No momento, o aplicativo é 100% gratuito. A PouPay+ pretende disponibilizar mais para frente planos pagos baseados nas funcionalidades que forem liberadas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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