Política

Conselho de Ética da Câmara pode votar oito representações contra deputados do PSL

16 mar 2020, 13:59 - atualizado em 16 mar 2020, 13:59
Eduardo Bolsonaro durante reunião da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados
Sete representações foram apresentadas pelo próprio partido e uma apresentada pelo PT (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira (17) oito representações contra deputados do PSL:  Carla Zambelli, Coronel Tadeu e Eduardo Bolsonaro, de São Paulo; Daniel Silveira e Carlos Jordy, do Rio de Janeiro; Alê Silva, de Minas Gerais; Bibo Nunes, do Rio Grande do Sul; e Filipe Barros, do Paraná.

Sete representações foram apresentadas pelo próprio partido e uma apresentada pelo PT.

Coronel Tadeu

O deputado é acusado pelo Partido dos Trabalhadores de ter praticado manifestação racista de ódio contra a população negra por ter retirado e quebrado, em novembro passado, charge do cartunista Carlos Latuff que compunha exposição na Câmara dos Deputados em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

A charge era alusiva ao “genocídio negro” que ocorre no País, segundo os expositores. Em defesa prévia, Coronel Tadeu afirma que o verdadeiro crime, no caso, foi atribuir crimes às corporações de segurança pública.

Ele argumenta que a retirada do quadro foi para corrigir um grande erro de ofensa aos policiais e que jamais houve intenção de praticar racismo ou qualquer outro crime.

Eduardo Bolsonaro

Segundo representação do PSL, o deputado Eduardo Bolsonaro teria quebrado o decoro parlamentar ao promover campanha difamatória e injuriosa contra a deputada Joice Hasselmann, do mesmo partido, após divergências sobre a escolha do líder do partido no início deste ano.

Eduardo é acusado de promover linchamento virtual da parlamentar com ofensas e ataques pessoais.

Eduardo Bolsonaro até o momento, não apresentou defesa prévia.

Zambelli

Carla Zambelli também é acusada de quebra de decoro por postagens em redes sociais durante disputa pela liderança da legenda. Em defesa prévia, a parlamentar alega sofrer perseguição por parte do PSL e que a representação viola o direito de imunidade parlamentar.

Silveira

Daniel Silveira é alvo de representação por ter gravado reunião reservada em que se discutia a disputa pela liderança do partido. Silveira gravou o encontro, e a gravação foi, posteriormente, divulgada por diversos veículos de comunicação. O parlamentar ainda não apresentou defesa prévia.

Jordy

Carlos Jordy também é acusado por postagens em redes sociais, que questionam a opção de seus colegas de partido pela permanência do então líder, o deputado Delegado Waldir (PSL-GO). Na defesa prévia, Jordy cita a imunidade parlamentar e acusa o partido de usar o Conselho de Ética para tentar calar vozes.

Silva

A representação contra Alê Silva também a acusa de atacar a honra de seus colegas ao apontar contradição na escolha de colegas em apoiar Delegado Waldir para a liderança. Ainda não há defesa prévia protocolada.

Nunes

Por sua vez, Bibo Nunes, segundo a representação, teria atacado a honra de seus colegas em rede social, ao chamá-los de traidores. O PSL cita, também, entrevista concedida por Nunes em que o deputado afirmou que o partido é “dinheirista” e não se importa com a política nem tem transparência. O parlamentar não apresentou defesa prévia.

Barros

Filipe Barros é acusado de atacar a honra de colegas de partido, ao colocar como contraditório o apoio, por parte dos mesmos que apoiaram a eleição de Jair Bolsonaro, à permanência de Delegado Waldir no posto de líder do PSL. Barros ainda não apresentou defesa prévia.

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